Maria João Abreu sofreu o rompimento de dois aneurismas. João de Carvalho, que contracena com a atriz na novela “A Serra”, da SIC, explicou ao final desta tarde, na inauguração de uma exposição dedicada ao pai, o veterano Ruy de Carvalho, que a artista, de 57 anos, “andava muito preocupada com coisas pessoais e adiava uma ida ao médico”.
“Estamos todos muito, muito preocupados. Para terem uma ideia, todas as noites, às 21h30, estamos em conjunto, no Whatsapp, a orar por ela. Todos nós temos uma vela acesa em casa por ela. No dia em que aconteceu, não sei quantas vezes é que eu rezei o terço…”, começa por recordar João de Carvalho, assumindo que Maria João Abreu “já tinha sentido algumas coisas antes” de, na passada sexta-feira, 30 de abril, se ter sentido mal. “Nós conversávamos muito, porque ela era muito amiga da Lena [mulher de João de Carvalho, que morreu em 2014 na sequência de um AVC hemorrágico]. A João perguntou-me quais eram os sintomas. Dizia-me que tinha dores de cabeça muito fortes”, revela.
O artista indica que a amiga falava-lhe desses sintomas “há cerca um mês, mas tinha tanto trabalho e andava tão preocupada com coisas pessoais que adiava uma ida ao médico”. Aliás, João de Carvalho acredita que terá sido o facto de Maria João Abreu andar “tão assoberbada” a nível profissional e o facto de o pai ter morrido “há pouco tempo”, exemplifica, que contribuiu para que os aneurismas tivessem rebentado. “O falecimento do pai afetou-a muito”, disse à NOVA GENTE.
“Também estava muito magrinha, mas não era pelas dietas. As pessoas [com este problema de saúde] perdem a vontade de comer. Eu lembro-me da Maria João rechonchudinha. Ela mostrou-me as pernas e eram um pauzinho. Deixou de ter curva…”, refere.
João de Carvalho conta ainda que também notou que algo estava errado com a colega de elenco na trama da SIC quando esta tentou “apertar um casaco sem sequer tocar nos botões”. “Há uma descoordenação motora quando algo se passa com o cérebro… aconteceu-lhe isso”, lembra.
João de Carvalho conta que, nessa sexta-feira, Maria João Abreu “tinha ido ao camarim fazer uma muda de roupa, sentiu-se mal e deu um grito”. “Quem estava ao lado era o José Mata, que a socorreu”, adianta.
Uma vez no Hospital Garcia de Orta, em Almada, onde ainda se encontra internada em coma induzido, Maria João foi submetida a uma cirurgia de modo a estancar a hemorragia decorrente do rompimento do aneurisma. “Mas ela tinha dois. Os médicos localizaram o primeiro e fizeram um stent [pequeno tubo que é colocado dentro da artéria para abri-la e evitar novo entupimento], só que não deram conta que estava lá outro, numa zona mais profunda. É esse que está agora a dar os problemas”, lamenta.
“O aneurisma está para a cabeça como o cancro está para o pâncreas. Normalmente, quando aparece é para matar uns dias depois. Infelizmente, esse é o problema. Desejo muito, muito, que ela recupere, mas a recuperar que seja a Maria João, porque uma coisa parecida com a Maria João… Ela é uma mulher muito forte e uma atriz extraordinária, vê-la diminuída não sei se é justo”, termina.
Texto: Ana Filipe Silveira e Alexandre Oliveira Vaz; Fotos: Reprodução Instagram
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