João Cipriano sai em liberdade
Tio de Joana afirma: «Não a toquei nem com um dedo»

Nacional

João Cipriano esteve preso 15 anos, tendo sido condenado pelo homicídio da sobrinha, Joana. Esta segunda-feira, 11 de março, saiu em liberdade condicional do Estabelecimento Prisional da Carregueira, em Sintra

Seg, 11/03/2019 - 15:40

Foi há 15 anos que João Cipriano foi condenado pelo homicídio da sobrinha Joana. Esta segunda-feira, 11 de março, saiu em liberdade condicional do Estabelecimento Prisional da Carregueira, em Sintra. À saída da prisão afirmou estar «inocente». «Não cometi crime nenhum. Não a toquei nem com um dedo.», disse ao Portal de Notícias Impala.

Cerca de um mês após Leonor Cipriano, a mãe de Joana, ter saído em liberdade condicional da prisão de Odemira, João Cipriano, tio da vítima, também deixou, nas mesmas condições que a irmã, o Estabelecimento Prisional da Carregueira, por volta das 9 horas desta segunda-feira, dia 11 de março. Os dois ex-reclusos, que declararam-se culpados durante o julgamento do homicídio de Joana, a menina que desapareceu no dia 12 de setembro de 2004 de uma aldeia da Figueira, em Portimão, dizem-se agora inocentes. Na altura, a criança, cujo corpo nunca foi encontrado, tinha oito anos.

«Sei que a minha sobrinha está viva. Vou fazer de tudo para ela aparecer», garante João Cipriano

A mãe e o tio da criança acabaram por ser detidos no mesmo mês do desaparecimento da menina. Durante o julgamento, João confessou ter espancado a menor até à morte com a cumplicidade da irmã. O tio admitiu ter esquartejado Joana e escondido o seu corpo numa arca frigorífica. Os restos mortais terão depois sido dados de comer a porcos. «Eu não lhe fiz mal, só a matei», declarou o arguido em tribunal. Agora, João Cipriano afirma ao nosso site que «nunca disse isso».

O ex-recluso também revela que, desde que ambos foram encarcerados, nunca teve contacto com Leonor Cipriano. «A minha irmã não fala comigo desde que fomos presos. Também não quis falar mais com ela.»

«Quero que a verdade venha ao de cima»

Na presença do seu novo advogado, Manuel Mendes Ferreira, João Cipriano anuncia que irá voltar a tribunal para reabrir o processo e provar a sua inocência. Em causa estarão novas provas. «Vou com o meu advogado reabrir o processo. Quero que a verdade venha ao de cima.» Em declarações prestadas ao nosso site, o advogado, que representa o ex-recluso desde fevereiro deste ano, confirma que o caso será reaberto devido a novos factos que não pode divulgar para já.

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Texto: Mafalda Tello Silva  Fotos: Paula Alveno

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