João Baião aceitou o desafio de Bárbara Guimarães e decidiu passar 24 horas com a apresentadora, como se fosse o seu último dia de vida.
O dia escolhido para este desafio não podia ter sido mais especial. «O meu paizinho faria 87 anos hoje», revelou o apresentador, de 56 anos.
João Baião começou por se despedir dos seus cães e, como a família é uma prioridade, a primeira pessoa com quem quis passar as suas últimas 24 horas de vida foi o irmão mais velho, José.
«Tu e o pai foram os meus primeiros heróis, as minhas referências. Sempre fiz de tudo para não vos desiludir», adiantou, dirigindo-se ao irmão, e admitindo que, por vezes, sente que não está na vida do irmão tanto quanto gostava e, a seu ver, devia, uma vez que José sempre foi um dos maiores apoios do apresentador.
João Baião também fez questão de telefonar à sua irmã gémea para lhe dar um recado muito especial.
«Sabes o quanto eu te amo e o quanto te agradeço. Tu tens sido uma peça fundamental para mim. És uma mulher inacreditável e tens um filho que eu amo perdidamente. É um ser humano como não existe hoje em dia. Foi um neto maravilhoso e é um filho extraordinário. É uma pessoa que nos entra na pele e isso deve-se a ti e ao Zé que têm feito um trabalho extraordinário. Sabes que te amo do fundo do coração e que tudo o que consegui na minha vida foi com a tua ajuda», disse, em lágrimas.
A mensagem especial de Tânia Ribas de Oliveira
João Baião desfrutou ainda de alguns momentos com Tânia Ribas de Oliveira, com quem fez dupla durante muitos anos na Praça da Alegria, da RTP.
«Contigo redescobri vários valores da vida: de amizade, companheirismo. Tu deste-me uma grandeza de vida que, para mim, tem sido muito importante enquanto pessoa porque cresci imenso», admitiu.
Tânia Ribas de Oliveira também aproveitou para fazer alguns elogios ao colega e amigo, admitindo que este é «a pessoa mais inspiradora» que conhece e que, apesar de ter mais 13 anos que a apresentadora, João Baião é «uns 30 mais novo» mentalmente.
João Baião recorda João Ricardo
Nestas últimas 24 horas de vida, João Baião recordou ainda o ator e amigo João Ricardo, que morreu em 2017, vítima de um tumor, e não conseguiu conter a emoção.
«Não me despedi dele. Eu odeio dizer adeus. Quase que não o conheci. Ele estava com um olhar vazio, não falou. Houve um momento que ele meteu a mão na minha mão e disse: ’Obrigado, meu querido’.», contou, de lágrimas nos olhos.
«És o melhor ser humano que eu conheço»
João Baião encontrou-se com as amigas Ana Brito e Cunha, Alexandra e Maria Rueff.
«O João é um irmão desde a primeira hora. Ele vai ao coração do outro», disse Maria Rueff.
«O João deu-me um colo há 2 anos. Foi a primeira pessoa a chegar, a atirar a mochila para o João e pegar-me ao colo. És o melhor ser humano que eu conheço. Tens sempre uma mão, um colo», atirou Ana Brito e Cunha.
João Baião passou a noite numa tenda e fez questão de deixar uma mensagem especial para as pessoas importantes para si que já partiram. O apresentador escreveu uma carta e enviou-a para o “céu”, através de um balão de ar quente.
A ecografia do sobrinho
Na manhã seguinte, e já com «poucas horas de vida», João Baião visitou a sobrinha Cláudia, que se prepara para ser mãe. Ao ver a ecografia do sobrinho, o apresentador voltou a emocionar-se. «Sabes que podes contar comigo. Vou apoiar-te em tudo», confessou, em lágrimas.
Luís Carlos, o sobrinho do apresentador, também o quis surpreender e apareceu de surpresa na ciclovia do Guincho, em Cascais, onde João Baião e Bárbara Guimarães andavam de bicicleta.
«És muito importante para mim. Sabes que eu te amo muito”, afirmou, dirigindo-se ao sobrinho.
«Agora que a mãe partiu, vou ver-te menos vezes»
As últimas 24 horas de vida de João Baião ficaram marcadas pelas lágrimas e pelas emoções fortes. No final do programa, o apresentador recordou uma frase muito marcante que a irmã lhe disse no dia em que a mãe, Maria Luísa, morreu.
«Lembro-me de uma frase que a minha querida irmã gémea me disse quando a minha mãe partiu e porque ela vivia perto da minha mãe, estava sempre com ela, e eu via-a mais vezes quando ia estar com a minha mãe. Ela disse-me: ‘Agora que a mãe partiu, vou ver-te menos vezes’. É isso que tenho de contrariar”, disse, acrescentando que esta experiência permitiu que fizesse um «desbloqueio emocional.»
Texto: Mafalda Mourão; Fotos: D.R.
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