De bem com a vida, mais tranquila e reservada no que diz respeito à sua privacidade, Inês Simões aceitou dar esta entrevista à VIP a bordo de um catamarã pelo rio Tejo. A atriz falou do novo amor, da filha, Beatriz, de oito anos, e ainda dos novos projetos profissionais.
VIP – Tem uma paixão por barcos. Como nasceu esse gosto?
Inês Simões – Adoro o mar, adoro barcos e tenho uma costela de marinheira. Esta paixão nasceu comigo, mas desenvolveu‑se há cerca de sete ou oito anos quando comecei a aproveitar mais as férias para passear de barco ou velejar. O ano passado, arrisquei com um grupo de amigos e passámos as férias todas a bordo de um catamarã. Foi uma experiência muito diferente, dormir a bordo de um barco, mas foi muito melhor do que eu tinha imaginado. Superou todas as expectativas e quero muito repetir.
Um passeio de catamarã é a melhor forma de passar uma tarde?
Uma tarde, um dia ou até umas férias perfeitas! Descobri a Pacifico Cruises e foi amor à primeira vista porque os passeios são incríveis e a tripulação também, o que faz com que cada momento seja melhor que o outro. Este ano, decidi juntar a minha filha e os meus amigos mais próximos para celebrar os meus 35 anos a bordo deste catamarã e não podia estar mais feliz com a escolha.
Qual a companhia perfeita para este tipo de passeio?
A minha filha, os meus amigos e uma taça de champanhe.
Prepara‑se para fazer 35 anos. Como vai assinalar a data?
Vou começar o dia a tomar um pequeno-almoço reforçado com a minha filha. Depois, vou almoçar com os meus pais e a seguir pego nos meus amigos e vamos, como já disse, passar a tarde no barco. Possivelmente, vou terminar o dia com um belo sushi. Isto, para mim, é o dia perfeito.
O que é que tem ganho com a idade?
Tenho ganho juízo (risos). Tenho ganho mais maturidade e serenidade. Sinto‑me mais equilibrada, mais calma nas decisões que tomo. Também sinto que já não faço fretes. Só faço o que gosto e, acima de tudo, só privo com quem realmente gosto.
Sente‑se mais bonita aos 35 anos do que aos 20?
Sinto‑me mais mulher, mais interessante, mais completa. Aos 20 era mais miúda, ainda a correr atrás da maturidade e da estabilidade, como é natural e necessário naquela idade. Acredito e sinto que é uma fase muito bonita aquela em que estou.
Com o passar do tempo, vamo‑nos apercebendo que há coisas que deixam de ter importância e, por outro lado, valorizamos outras. Sente isso?
Completamente! Na minha opinião, tem a ver unicamente com as experiências que a idade nos proporciona, e há coisas que têm mesmo que ser vividas e sentidas como se não houvesse amanhã. Aos 20, por exemplo, vivia tudo muito intensamente e era o “agora ou nunca”. Com 35, a intensidade ainda lá está, mas é mais ponderada. Nunca pensei dizer isto, mas tornei-me uma “intensa ponderada”.
A que é que começou a dar mais valor e o que passou a desvalorizar?
Dou muito valor à saúde, ao estar com os meus pais, porque sei que não duram para sempre, ao tempo de qualidade que passo com a minha filha. Dou muito valor aos bons amigos. Desvalorizo muito mais as discussões, os atritos, as bocas que mandam nas redes sociais, por exemplo.
A vida está sempre a pôr‑nos à prova. Qual foi a mais dura por que passou?
Posso falar‑vos da mais recente. Foi ter estado um mês e meio num reality show, o Biggest Deal, longe da minha filha. Sei que foi uma opção minha, mas não deixei de sentir (e muito) a falta dela. Nunca estive tanto tempo longe dela, mas foi uma boa oportunidade profissional, que não podia recusar. Sofri longe dela e longe das nossas rotinas, mas ia buscar muita força ao saber que também o estava a fazer por ela.
Como é que se ultrapassa uma situação dessas?
Com muita força de vontade, pensamentos positivos e, acima de tudo, por saber que ela está bem entregue e bem rodeada. No entanto, mãe é mãe.
O que é que está a fazer profissionalmente?
Terminei O Outro Lado dos Leões, na Sporting TV, o mês passado, e continuo com os meus projetos em brand management. É algo que me completa e me preenche muito.
Sei que em setembro vai ter um novo programa na Sporting TV. Do que se trata?
Vamos ter uma nova temporada de O Outro Lado dos Leões, onde vamos abordar de forma mais profunda e intensa a vida dos atletas e jogadores.
E voltar à representação está nos seus planos?
Todos os dias luto para isso. Espero voltar em breve.
Sente que, de alguma forma, os colegas mais novos têm vindo a “roubar” o lugar aos mais velhos?
Creio que cada vez aparecem mais atores e mais modelos viram atores e mais atores viram modelos. Hoje em dia, todos fazem tudo, por isso o mercado é tão difícil. No entanto, se fosse fácil também não dava tanto gozo.
O que gostava de fazer em televisão?
Gostava de fazer duas coisas: ter um programa de entretenimento num canal generalista e fazer novamente de vilã numa novela.
Como é que está a Beatriz?
Acabou de fazer oito anos, passou para o terceiro ano e é uma menina muito feliz. Tem uma personalidade muito forte e é o meu orgulho.
Como é a vossa relação?
Temos uma relação de cumplicidade máxima. Melhora de ano para ano e está a ser uma grande aventura ser mãe de uma menina tão perspicaz e inteligente.
Ela já lhe dá alguns conselhos?
Sobretudo nas roupas e maquilhagem. Não sou grande fã de maquilhagem, mas ela é! Diz‑me constantemente que batons devo usar com determinada roupa. É muito divertido.
Como é que estamos de amores?
Estamos bem, tenho uma pessoa, mas nesta fase (e aprendi com o passado) vou resguardar‑me mais. Não vou mentir à Imprensa, nem às pessoas que me seguem e gostam de mim, e dizer que estou solteira, porque não estou. No entanto, devido à minha exposição, desta vez vou optar por reservar mais a minha vida privada.
Já se casou duas vezes. Continua a acreditar nessa instituição?
Já me casei duas vezes e não vou negar que, quando me divorciei, senti um fracasso pessoal gigante. Até quando os namoros não dão certo sentimo‑nos em baixo, quanto mais num casamento. Continuo, acima de tudo, a acreditar no amor.
Voltaria a casar? Como idealiza esse dia?
A bordo de um barco.
A relação anterior deixou marcas?
A minha relação anterior terminou porque tinha que terminar. Esgotámos todas as opções.
Tinha um negócio de calçado em comum com o Bruno Queirós. Como é que ficou com a separação?
Não vou falar sobre isso.
Continuam a falar‑se? Mantêm uma relação de amizade?
Não vou falar sobre isso.
Sente necessidade de resguardar mais a sua vida pessoal?
Como disse há pouco, acredito que o meu caminho na minha vida pessoal passa por me proteger mais nesta fase. A felicidade sem ninguém saber dura mais.
Já tem férias marcadas?
Já estive de férias com a minha filha e com os meus pais. Irei mais alguns dias ao Algarve e depois farei mais uns fins de semana. Vou levar a Beatriz ao Parque Warner [em Espanha] também.
Temos sempre em mente fazer aquela viagem de sonho. Onde desejava ir e com quem gostava de partilhar esses momentos?
Gostava de ir com uma pessoa especial a dois sítios: a Bali e a Florença. Espero realizar ambas as viagens em breve.
Como se imagina daqui a 20 anos?
Avó… (risos). Brincadeira. Não faço ideia, mas tenciono estar feliz e espero já ter o meu barco.
Que outros projetos tem na forja, além do programa que deverá estrear em setembro?
Quero voltar à ficção nacional.
Texto: Carla Vidal Dias; Fotos: Helena Morais
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