Inãki Urdangarin fez esta quinta-feira, dia 19 de setembro, a primeira saída da prisão para fazer voluntariado. Esta decisão foi tomada pelo Tribunal Penitenciário de Vigilância de Leão e Castela, que permitiu que o marido da infanta Cristina pudesse fazer trabalho comunitário, para ajudar pessoas com deficiência, durante oito horas, duas vezes por semana.
A organização para a qual vai contribuir é a Hogar Don Orione, de origem religiosa, que ajuda a cuidar de de doentes mentais, tetraplégicos ou doentes com outros problemas de mobilidade, e também doentes de Alzheimer.
Esta foi a primeira vez que Inãki saiu da prisão desde que foi detido em junho de 2018, acusado de estar envolvido na Operação Babel e de utilizar a instituição Nóos para fazer desvios de fundos públicos. Os meios de comunicação social espanhóis foram até ao local e as câmaras captaram o momento exato em que Inãki Urdangarin saiu do estabelecimento prisional, num carro da polícia.
O cunhado do rei Felipe chegou ao centro de Madrid perto das 9 horas em Portugal e regressará à prisão ao final da tarde desta sexta-feira.
O duque de Palma de Maiorca é o único prisioneiro do módulo masculino do estabelecimento prisional, situação que levantou várias críticas por parte dos espanhóis, que consideram que Iñaki está a ter um tratamento diferente por exigência do mesmo.
«A situação de isolamento como forma de cumprimento em que o recorrente não é o resultado da sua vontade, mas a decisão da autoridade penitenciária. Não é a vontade dos presos que determina o centro de cumprimento penitenciário. Essa decisão corresponde à administração», relatou o magistrado.
O juiz Florencio de Marcos Madruga, responsável pelo caso, ressalva que «o isolamento como forma de cumprimento é proibido nos regulamentos internacionais, nas Regras Prisionais Mínimas do Conselho da Europa e na legislação nacional, na Lei Orgânica Penitenciária Geral e nos Regulamentos Penitenciários», mas acrescenta que «é possível recorrer a ele para preservar a vida e a integridade dos reclusos, daí a legalidade da decisão adotada pela Administração.»
texto: redação WIN/Conteúdos Digitais; Fotos: Reuters
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