Homem Pateta, desafio viral nas redes sociais, é a mais recente preocupação dos pais um pouco por todo o Mundo e terá já feito a sua primeira vítima mortal na madrugada da passada segunda-feira, 28 de setembro, em Nápoles, Itália.
A criança tinha 11 anos e antes de se atirar da janela do 11.º andar onde vivia, à meia-noite e meia, deixou uma mensagem aos pais, enviada pelo telemóvel. «Mãe, pai, amo-vos, mas tenho de seguir o homem do capuz preto. Não tenho mais tempo. Perdoem-me», lê-se. Os investigadores italianos colocaram, de imediato, uma hipótese em cima da mesa: será o menino italiano a primeira vítima mortal de Jonathan Galindo, o Homem Pateta?
A imprensa italiana avança que foram os pais que, ao se aperceberem que o filho não estava deitado, foram à sua procura e se depararam com a fatalidade. O rapaz, cuja identidade não foi revelada, é descrito como uma criança feliz, carinhosa, sem problemas, embora nos últimos dias os pais o tivessem sentido mais triste.
Para já, o Ministério Público de Nápoles abriu uma investigação por incitamento ao suicídio. Jonathan Galindo é o principal suspeito das autoridades.
Tal como a boneca Momo ou a Baleia Azul, predadores de adolescentes com problemas de autoestima, depressão ou isolamento, também o Homem Pateta não é uma pessoa real. Ou, pelo menos, não é apenas uma pessoa. Nas redes sociais, seja no Facebook, no Instagram ou no Tik Tok, o nome repete-se e a imagem também. Mas são dezenas os perfis que usam a cara de um homem mascarado, a fazer lembrar o Pateta da Disney.
Sobre Jonathan Galindo, o suposto mentor deste jogo, sabe-se pouco. Especula-se que o modus operandi seja semelhante ao da Baleia Azul — um jogo para adolescentes, que apareceu na Rússia em 2016, com 50 desafios em que o último é o suicídio — ou da boneca Momo, uma personagem fictícia que fala com crianças no WhatsApp, enviando mensagens violentas que podem incitar ao suicídio.
«Este perfil faz o desafio para que o interessado envie uma mensagem privada e, em resposta, passa a enviar vídeos, textos, áudios e até a fazer vídeo chamadas. Essas mensagens causam desconforto, medo, terror e podem até induzir ao suicídio», explicou Fernanda Lima, da Polícia Civil brasileira, num vídeo na sua conta de Instagram.
Texto: Ivan Silva
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