Marta Cruz
Há vida depois da prisão do pai

Sem grandes motivos para sorrir, Marta Cruz fez a primeira aparição pública desde que o pai, Carlos Cruz, se entregou para cumprir o resto da pena de prisão de seis anos – quatro anos e seis meses – pelos crimes de que foi condenado por pedofilia no processo Casa Pia. A ex-manequim fez questão de ir à festa dos 53 anos de José Malheiro, que aconteceu na Catedral da Cerveja, no Estádio da Luz, em Lisboa. “Fiz questão de convidar a Marta porque, para além da relação privilegiada que tenho com o pai dela há muitos anos, conheço a Marta desde nova. Para mim ela é a Martinha. Tenho um carinho muito especial por ela. É como se fosse uma filha para mim, sobretudo nestes tempos que correm, com a pai a viver dias tão complicados”, explica à VIP o aniversariante, que revela ter estado no jantar de despedida que Carlos Cruz deu em casa antes de se ir entregar ao estabelecimento prisional da Carregueira.

Marta faz questão de apoiar o pai e de visitá-lo sempre que pode. João Malheiro explica como encontrou a amiga: “Ela está muito sofrida, evidentemente. Anda nisto há dez anos, sabe o pai que tem e sabe que estamos perante uma injustiça enorme. Tem um discurso muito coerente e adulto. Cresceu muito com isto.” Como a esperança é a última a morrer, Marta Cruz continua empenhada em provar a inocência do pai. Para isso, a defesa entregou no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem uma reclamação que continua a aguardar resposta.

Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Tito Calado

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