Filipe La Féria
“Há o teatro mau e o teatro bom. Mas, às vezes, ganha-se mais no mau”

Famosos

O encenador respondeu à rubrica Se Eu Mandasse

Seg, 11/08/2014 - 23:00

1 Estreou recentemente a revista Portugal à Gargalhada. O que é que o faz dar uma grande gargalhada? 
Ver este nosso Portugal pobre-desgraçado, mas à gargalhada.
 
2 O que mais gosta de fazer no verão? 
Ter um espetáculo de grande êxito como Portugal à Gargalhada e estar à entrada do Politeama a receber o público e a vender programas.
 
3 Que personalidade internacional gostaria de ver sentada na primeira fila do Teatro Politeama a assistir a um espetáculo seu?
Concha Velasco, a grande atriz espanhola. Ia adorar ver Portugal à Gargalhada e aplaudir os seus colegas portugueses.
 
4 Se pudesse contratar um ator internacional para ser protagonista de uma revista, qual seria a escolha? 
Contrataria a atriz Meryl Streep. Ela canta, dança e representa. Mas tenho a Marina Mota que faz isso na perfeição.
 
5 Se a sua vida desse uma peça de teatro, que título escolheria? 
“La Féria à Gargalhada, uma luta desgraçada” seria a minha escolha.
 
6 Considera que um País em crise é uma fonte de inspiração e criatividade para esta profissão?
A resposta está no Portugal à Gargalhada, em cena de quarta a sábado às 21H30 e sábados e domingos às 17H00.
 
7 Chegou a dizer que gostaria de ter o espetáculo Amália permanentemente em cena no nosso país. Se mandasse, esta seria uma das primeiras medidas a tomar?
Claro que sim, e estaria sempre esgotado com portugueses e estrangeiros. Amália é eterna.

8 Pode revelar qual é o grande segredo para ter sempre a casa cheia?
O segredo é merecer a confiança do público.
 
9 Considera que há bom e mau teatro em Portugal?
É como o BES. Há o teatro mau e o teatro bom. Mas, às vezes, ganha-se mais no mau do que no bom.
 
10 Se mandasse, quais teriam sido as medidas que tomava para resolver o caso do BES? 
Dava-lhes, como pena, a incumbência de subsidiarem o teatro e a cultura.

11 Quem são os ativos tóxicos da cultura e da política portuguesa?
É a falta de cultura na política e a falta de política na cultura. E tudo isto é Portugal à Gargalhada.
 
Texto: Ricardina Batista; Fotos: Impala e Reuters 

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