Gonçalo Amaral disse, em entrevista, que considera Christian Bruckner, o novo suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann, é um «bode expiatório». 13 anos depois, o ex-inspetor da PJ, que em 2007 era figura central da investigação, volta a quebrar o silêncio, numa altura em que o caso voltou à esfera mediática.
Amaral, que foi afastado da Polícia Judiciária, considera que Brueckner é um «bode expiatório» e continua a defender a tese de «negligência dos pais», Gerry e Kate. O ex-inspetor da PJ diz que o alemão é o «suspeito quase perfeito» e que só não o é porque está vivo. «Pouco importa quem é o pedófilo”, mas “é necessário uma figura que, pelo perfil, pela proximidade, encaixe para levar com as culpas», disse.
Gonçalo Amaral, que escreveu o livro Maddie: A Verdade da Mentira, onde expôs a sua tese sobre o casal McCann, disse que os britânicos não só «abandonaram os filhos» como «mentiram à polícia e continuam a mentir, porque não revelaram tudo o que se passou naquela noite».
As imagens de carrinha alegadamente manipuladas
Em entrevista a José Alberto de Carvalho, no Jornal das 8, o antigo coordenador da PJ de Portimão, disse ainda que as autoridades alemãs manipularam digitalmente a imagem da carrinha que pertencia a Brueckner. Gonçalo Amaral aponta que a carrinha tinha sido personalizada pelo suspeito, o que não é possível ver nas imagens.
Madeleine McCann desapareceu em maio de 2007 do Ocean’s Club, na praia da Luz, Algarve. Kate e Gerry McCann deixaram os filhos (Maddie e os gémeos Sean e Amelie) a dormir no apartamento enquanto jantavam com amigos no restaurante do aldeamento. O casal chegou a ser arguido do caso que, entretanto, foi arquivado.
Texto: Raquel Costa | Fotos: Arquivo Impala e DR
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