Glenn Close
Passou infância numa seita religiosa: “Destrutivo, é um trauma”

Internacional

A atriz Glenn Close dá o seu testemunho emocionante no documentário sobre saúde mental produzido pelo principe Harry e por Oprah Winfrey.

Dom, 30/05/2021 - 9:50

Glenn Close está a chocar o mundo. A atriz revelou que passou a infância e a adolescência numa seita religiosa e contou detalhes do inferno que viveu no documentário sobre saúde mental, produzido pelo príncipe Harry e por Oprah Winfrey, intitulado “The Me You Can’t See”. 

Glenn Close revelou que, quando tinha sete anos, o pai juntou-se ao grupo religioso conservador ‘Rearmamento Moral’, e que isso provocou uma mudança radical na personalidade do progenitor. “Eu fazia parte de um grupo chamado MRA, que era basicamente um culto. Todos diziam as mesmas coisas, havia muitas regras e muito controle. Por causa da forma como fomos criados, qualquer coisa que você pensasse em fazer por si mesmo era considerada egoísta. Nunca fomos de férias, nem tenho memória de outras coisas além do que passamos, que foi horrível”, disse. 

A atriz passou cerca de 15 anos nesta seita e revela que este tempo a marcou profundamente. “É incrível que algo que você passa tão jovem ainda tenha tanto potencial para ser destrutivo. Acho que é um trauma da infância, devido à devastação emocional e psicológica provocada pelo culto”, disse, acrescentando ainda que acredita que o fracasso dos seus três casamentos se deve às marcas emocionais com que ficou: “Não tenho tido sucesso nos meus relacionamentos. Não encontrei um parceiro permanente e tenho muita pena”.

No final, Glenn Close revelou ainda que teve de fazer terapia quando deixou esta organização religiosa e que a sua irmã, Jessie, também ficou muito traumatizada com o que experienciaram, tendo, mais tarde, sido diagnosticada com doença bipolar. 

 

Veja o trailer do documentário:

 

Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: Reuters e reprodução redes sociais

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