Gisela Serrano viu o mundo virar-se ao contrário, no espaço de meio ano. A Mulher-Furacão perdeu, a 18 de março o grande pilar da sua vida, a mãe, Dilar Relvas, num processo que foi rápido e doloroso. Esta segunda-feira, 27 de abril, a ex-Masterplan contou a Fátima Lopes como tem vivido o primeiro mês de luto.
No sofá do programa das tardes da TVI, Gi conta que há dias em que prefere ficar sozinha, a chorar, e outros em que, por instinto, pega no telefone para ligar à mãe. Numa conversa que deixou Fátima Lopes de lágrimas nos olhos, Gisela conta qual foi o último pedido feito por Dilar Relvas. «A minha mãe disse-me, poucas horas, antes de morrer: ‘Gi, promete uma coisa à mãe. Promete que vais ser a menina que sempre foste. Que vais festejar o teu aniversario como sempre festejaste’», conta.
Dilar Relvas começou a ter os primeiros sintomas da doença que, viria mais tarde a descobrir tratar-se de um cancro no pâncreas, no Verão de 2019. Enjoos, vómitos e desconforto foram desvalorizados pela mãe de Gisela Serrano e, conta, pela médica de família. Até que, em outubro passado, a Mulher Furacão decide levar a mãe para o hospital. «Levei-a e ela não saiu mais. O médico disse que ela tinha uma grande neoplasia e que já estava espalhada por vários órgãos», relembra.
Apesar deste aviso, Gisela Serrano relembra que ainda teve fé «num milagre». «No início tive. Depois, fui falando com vários médicos e apercebi-me que não», conta. Dilar Relvas começou a piorar de forma irremediável em fevereiro e foi logo transferida para os cuidados paliativos. Apesar de, durante um período, tanto Gisela como o irmão terem tentado cuidar da mãe em casa.
«Percebi que podiam ser as tais melhoras da morte»
Entretanto, já com a mãe nos cuidados paliativos, dá-se a declaração de estado de emergência e a proibição das visitas. Um dia, Gisela recebe uma chamada da mãe, algo que já não acontecia há algum tempo, uma vez que Dilar não tinha forças para segurar no telemóvel. A mãe da Mulher-Furacão queria que a fossem buscar para ir ao café. Nesse momento, Gisela anteviu o que estava prestes a acontecer. «Eles dissseram ‘venha para o pé da sua mãe’. Percebi que podiam ser as tais melhoras da morte. De repente, ela começou a piorar. Telefonei para o meu irmão», relembra.
A eterna concorrente do Masteplan recordou ainda como foram os últimos momentos de vida da mãe. «Eu dizia ‘mãe, mãe’, e ela nem reagia. A doutora só me disse ‘falta muito pouco’. Pus música, fiz-lhe massagens nos pés, fiz-lhe festinhas, tudo o que eu pude fazer. Ela estava mesmo a partir. Nós saímos, a enfermeira e a doutora ficaram com ela e ela faleceu».
Texto: Raquel Costa | Fotos: Arquivo Impala
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