O roupeiro é, para muitas mulheres, um bicho de sete cabeças. Definir um estilo e encontrar as peças que melhor assentam em determinado tipo de corpo nem sempre é tarefa fácil e é para ajudar nesse trabalho que existem stylists como Gabriela Pinheiro, que acaba de lançar O Meu Livro de Estilo – um manual que ajuda a alcançar o look perfeito.
A trabalhar com figuras públicas como Cláudia Vieira, Fátima Lopes, Diana Chaves, Júlia Pinheiro, Sara Matos ou Sofia Cerveira, Gabriela empenha-se para que as mulheres que veste se sintam as mais bonitas do mundo.
VIP – O gosto pela moda chegou cedo?
Gabriela Pinheiro – Sim. Em miúda adorava transformar por completo as bonecas. Claro que nem sempre resultava e muitas acabaram estragadas. No liceu experimentava imensos visuais, mas gostava mais do tempo de me arranjar do que propriamente mostrar o visual na rua. Mas era realmente vaidosa. Passava muito tempo ao espelho e chegaram a cair-me dois em cima. Isso é uma coisa que falo no meu livro. É fundamental as pessoas verem-se ao espelho.
Começou por ser modelo…
Sim. Inscrevi-me numa escola de manequins e fiz alguns catálogos. Na altura não havia stylists e tínhamos de fazer um pouco de tudo. Comecei depois a namorar um fotógrafo e nos trabalhos dele comecei a dar uma ajuda na produção de moda. Estudei entretanto Marketing e Publicidade e apaixonei-me por essa área. Estagiei com apenas 18 anos numa agência de publicidade e foi uma ótima escola para mim.
Foi também com apenas 18 anos que formou a sua própria empresa de serviços de moda…
Sim e o que aconteceu é que contratava produtores de moda para os trabalhos, mas metia demais o bedelho, porque gostava. Não passou muito tempo para que começasse a trabalhar só como produtora. E depois foi caminhar até me estabelecer como freelancer…
Nessa altura foi convidada para vestir Cláudia Vieira para o Ídolos. Como surgiu o convite?
O publicista dela desafiou-me a vesti-la para o programa. Já conhecia a Cláudia mesmo antes dela se estrear em televisão e tivemos muita empatia. Na altura só trabalhava para sessões fotográficas, onde controlava todo o processo. Assustou-me ser um formato em direto, em que eu a vestia e ela desaparecia da minha vista. Mas como nunca recusei um desafio, aceitei. Criámos uma ligação muito forte, até hoje. Outras pessoas começaram a ver o que fazia com ela e recebi convites para vestir outras figuras públicas. Tenho muita sorte, porque é uma bênção trabalhar com todas.
Quando era mais nova, as suas amigas já lhe pediam muitas opiniões?
Não e até gozavam comigo, com os meus looks, porque arrojava demasiado.
Leia a entrevista na íntegra na edição em papel da sua revista VIP n.º 1008, já nas bancas
Texto: Ana Gomes Oliveira, Fotos: José Manuel Marques
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