Francisco Adam morreu há 15 anos, na sequência de um aparatoso acidente de automóvel em Alcochete. Esta manhã de sexta-feira, 16 de abril, Diogo Valsassina recordou o amigo com uma imagem partilhada no Instagram. E na legenda escreveu apenas “15”.
Era manhã de domingo de Páscoa, dia 16 de abril de 2006, e os jornais davam conta de uma trágico acidente, em Alcochete. O ator tinha 22 anos e era o condutor e a primeira vítima mortal, enquanto um dos passageiros acabaria por morrer semanas mais tarde, no hospital.
Na viatura seguia o melhor amigo do ator, Filipe Diegues, que sobreviveu praticamente ileso, mesmo sem usar cinto de segurança.
“Apareci do lado oposto, com as pernas entaladas entre o banco de trás e o da frente e a cabeça a bater no tejadilho. Parti o vidro do meu lado, meti as mãos fora do carro e abri a porta. Consegui soltar as pernas e, quando finalmente saí do carro, procurei o telemóvel para chamar o INEM, mas não o encontrei. Dirigi-me para a porta do pendura e consegui abri-la. O Sr. Osvaldo estava com o cinto e tinha a parte da cabeça e dos membros superiores deslocados para a zona central do carro. Tirei-lhe a pulsação e vi que ainda respirava. Depois fui para o lado do Chico e parti o vidro. Ele tinha a cara no airbag, que rebentou. Tentei ver se reagia ao medir a sua pulsação, mas no meio do pânico não quis perceber a verdade. Depois fui para o meio da estrada pedir ajuda. Quando parou um carro com um senhor que chamou a ambulância, fui novamente para junto do Chico e voltei a tirar-lhe o pulso. Foi nessa altura que percebi que o coração não batia. Fiz tudo para o salvar e não consegui. Pedi-lhe para ele não morrer, mas ele morreu à minha frente. Senti-me tão impotente”, relatou, na altura, o jovem sobrevivente e amigo de Francisco Adam.
Francisco Adam e os dois amigos regressavam de uma sessão de autógrafos, numa discoteca em Coruche, com destino a Santa Cruz, quando no cruzamento do Campo de Tiro de Alcochete o carro entrou em despiste. Embateu brutalmente num eucalipto, que ainda hoje é local de visita dos fãs nesta data, para deixar fotografias, flores ou objetos que recordem o seu ídolo.
O corpo do ator foi autopsiado e os resultados provaram o consumo de substâncias ilícitas e álcool. Algo negado pelo melhor amigo Filipe Diegues. “Excesso de álcool não foi de certeza. O Chico só bebeu água, eu vi o que ele bebeu”, avançou o jovem.
“Vivo com uma estrela a proteger-me”, disse, na altura, Carolina Patrocínio
O ator estreou-se na televisão na segunda temporada da série de “Morangos Com Açúcar”, interpretando o divertido e galã Dino. Contracenou com grandes atores portugueses, como Paulo Rocha, Inês Castel-Branco, Diana Chaves e Mariana Pacheco. Com a morte do artista, a produção da série juvenil teve de antecipar o fim da personagem. Desse modo, a solução encontrada foi encenar uma surpresa de Dino a Susana, interpretada por Diana Chaves, onde este a aguardava num balão de ar quente.
Porém, o jovem parte sem a amada, para desespero desta que se questiona porque ele não esperou por ela. Depois surge dos céus um boné laranja, a cor favorita de Francisco Adam, Susana coloca-o na cabeça, chora e a ela junta-se o restante elenco, cada um com uma peça de roupa da mesma cor do chapéu.
Na altura do fatídico acontecimento, o ator namorava com a apresentadora Carolina Patrocínio. Cinco meses que terminaram abruptamente, mas segundo a comunicadora disse na altura da morte, Adam nunca será esquecido. “Vivo com uma estrela a proteger-me”, afirmou a apresentadora.
Texto: Redação WIN – Conteúdos Digitais; Fotos: Impala e reprodução Instagram
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