Florbela Queiroz
Sobre a nora: “Era ela quem me batia, fazia a minha vida num inferno”

Nacional

Florbela Queiroz perdeu o filho, três anos depois de ter feito as pazes com o mesmo após um polémico processo judicial em que a artista o acusou ( e à nora) de violência doméstica.

Sex, 14/06/2024 - 16:00

Florbela Queiroz perdeu o filho, Manuel João Matias, três anos depois dos dois terem feito as pazes, após um polémico processo judicial com acusações de violência doméstica. A artista explicitou tudo recentemente em entrevista à Nova Gente.

“Não foram só acusações, ele foi condenado. Mas não fiz queixa dele à polícia. Fui parar ao hospital e, quando cheguei lá, a única pessoa que apareceu foi o meu irmão, que mora em Inglaterra, mas que tem uma casa em Torres Vedras e que, nessa altura, estava de férias cá. Ele ligou para ele e não atendeu, ligou para mim 500 vezes e eu não atendi. E ele pensou que eu não estava bem. Ligou à polícia, que não me viu, e decidiu arrombar o portão”, recordou. No seguimento, confessou que tentou acabar com a própria vida: “Quando me vieram buscar, já estava mais para lá do que para cá, tinha tentado suicidar-me. Fui parar ao hospital e o hospital apresentou queixa. A partir daí, não tive mais nada a ver com isso”.

“Ela é que fez a minha vida num inferno”

Sobre o processo de violência doméstica, conta: “O que as autoridades disseram era que quem me batia era ela, o meu filho nunca me bateu. Ela é que fazia a minha vida num inferno. Casei-os e depois arranjei a casa toda para virem para aqui. Eu ficava só numa parte porque tenho 10 divisões e o resto da casa era para eles. Mas ela queria que eu saísse de vez, que fosse para a Casa do Artista. Isto em 2013, ou seja, quando eu tinha 70 anos.”

Mas nem sempre foi assim e a relação com a nora já tinha sido boa: “Ela era uma menina de ouro. Era a filha que eu nunca tinha tido. Quando ela disse ‘você é uma velha cheia de peles, vai para a Casa do Artista’. Fiquei a olhar, com as lágrimas a saírem, porque nunca tinha ouvido aquilo de ninguém. E depois ela batia-me, fazia-me aquelas coisas todas… é uma coisa que não quero nem me lembrar”, rematou.

Texto: Maria Constança Castanheira; Fotos: Redes Sociais

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