“Ela é que fez a minha vida num inferno”
Sobre o processo de violência doméstica, conta: “O que as autoridades disseram era que quem me batia era ela, o meu filho nunca me bateu. Ela é que fazia a minha vida num inferno. Casei-os e depois arranjei a casa toda para virem para aqui. Eu ficava só numa parte porque tenho 10 divisões e o resto da casa era para eles. Mas ela queria que eu saísse de vez, que fosse para a Casa do Artista. Isto em 2013, ou seja, quando eu tinha 70 anos.”
Mas nem sempre foi assim e a relação com a nora já tinha sido boa: “Ela era uma menina de ouro. Era a filha que eu nunca tinha tido. Quando ela disse ‘você é uma velha cheia de peles, vai para a Casa do Artista’. Fiquei a olhar, com as lágrimas a saírem, porque nunca tinha ouvido aquilo de ninguém. E depois ela batia-me, fazia-me aquelas coisas todas… é uma coisa que não quero nem me lembrar”, rematou.
Texto: Maria Constança Castanheira; Fotos: Redes Sociais