Tony Lemos morreu no dia 3 de outubro e deixou familiares e amigos devastados. O músico dos Santamaria sofria de depressão e acabou por pôr termo à vida. A irmã, Filipa Lemos, foi convidada do programa “Goucha” e revelou que o “sentimento de culpa” vai estar sempre presente por não ter percebido o que se passava com o irmão.
“A culpa é um sentimento que vai estar comigo para sempre, não que sinta que lhe falei, mas depois disto, acho que a nossa família tem esse sentimento de culpa porque não conseguimos ver e fazer algo para poder ajudar.”, começou por dizer, referindo que “sobrevivência” é a palavra que melhor descreve a forma como tem lidado com a morte do irmão.
Tony Lemos sofria de depressão desde 2017, ano em que se separou da ex-companheira. Segundo Filipa Lemos, o artista nunca conseguiu superar a separação e com a pandemia da covid-19, a situação depressiva do irmão agravou-se
“Estava longe de imaginar o que aconteceu dia 3 de outubro. Há um dia que me liga e percebo que ele estava num dia mau, por causa da pandemia também. O nosso mundo ligado as artes, bloqueou, foi suspenso. Ele não se resolveu bem da relação e com outros sentimentos dele, a pandemia não ajudou e tinha dificuldade em expressar aquilo que sentia”, disse emocionada.
“Não consigo perceber em que é que ele pensou naquele dia, isso inquieta-me”, afirmou ainda, para depois revelar que os pais estão a sofrer muito com a perda do filho, de 48 anos.
“O meu pai sofre de forma mais calada, a minnha mae ainda está na fase de muita revolta. É revoltada por não perceber, tal como eu não percebo”, findou.
Texto: Mafalda Mourão; Fotos: D.R. e Arquivo Impala
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