Fernando Daniel
Abre o coração e assume: “Já tive vergonha da minha história, não me orgulho de o dizer”

O cantor Fernando Daniel admitiu recentemente ter tido vergonha da sua história. O artista deu uma entrevista a uma publicação nacional e não deixou nada por dizer. “Alguma vez tiveste vergonha da tua história?”, foi questionado. “Já, muitas vezes. Não me orgulho de o dizer”, declarou o mentor do “The Voice”, da RTP.

Lembra-se quando Fernando Daniel cantou para a avó? Veja o vídeo:

“Houve uma vez, num aniversário, em que chamei os meus amigos para irem a casa dos meus avós. Fiz questão de fazer a festa no pátio, na rua, para os meus amigos não entrarem, para não entenderem onde nós vivíamos. Mas sinto muito orgulho em ter vivido ali. Creio que cresci muito, que todos crescemos. Enquanto família, fomos muito mais unidos”, começou por dizer, à revista Cristina. Saiba mais sobre este assunto no site da TV7 Dias.

Mãe abandonou-o na infância para ir viver com outro homem

Fernando Daniel assume que foi um “choque” quando percebeu aos “11/12 anos” que a mãe tinha saído de casa para ficar com um namorado que “conhecia há um mês”. “A ideia do abandono continua a perseguir-me, porque tenho muito presente ainda na minha memória… Eu desconfiava que alguma coisa não estava bem. Já desconfiava que a minha mãe não estava feliz mas não tinha coragem de por um fim à relação que tinha com o meu pai, porque na altura o meu pai estava no Luxemburgo a trabalhar”, começou por contar no programa ‘Conta-me’, da TVI.

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“Começo a perceber que a minha mãe agia de forma diferente, até fechava a porta do quarto. Ela percebeu que eu percebi”, recorda. Fernando Daniel lembra que confrontou a mãe sobre a existência de outra pessoa, mas esta negou tudo, garantindo-lhe até que ia ter com o marido ao Luxemburgo e que tudo ia ficar bem. “Há uma frase que não me sai da cabeça que foi: ‘Eu vou para o Luxemburgo, vou ter com o teu pai, não te preocupes que a gente vai organizar a nossa vida lá e eu venho-te buscar’. E isso nunca aconteceu”, partilhou, emocionado.

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A mãe do artista decidiu partir e refazer a vida com outro homem. “Para mim foi um choque, porque eu com 11/12 anos, a minha mãe estava a deixar um filho e a destruir uma família para ir acompanhar um homem que conhecia há um mês”. “Perdoa-se mas não se esquece. Sinto que isso é uma sombra que nunca vai desaparecer. Eu perdoo mas não esqueço”, admitiu. Depois disso, ganhou alento na música. “Se hoje faço música, foi porque, quando os meus pais se separaram, caí numa depressão, diagnosticada, e foi na música que me refugiei. Podia ter enveredado pelas drogas. A música salvou-me”.

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