Felipe De Espanha
Rei tem uma doença crónica e incurável

Realeza

O rei Felipe de Espanha sofre de uma doença crónica desde a infância, que lhe perturba muito a qualidade de vida e pode provocar situações embaraçosas

Dom, 29/12/2019 - 17:10

O rei Felipe de Espanha padece de uma doença crónica incurável. De acordo com o livro «Anedotas de Ouro», no qual Jaime Penãfiel reuniu várias curiosidades da família real espanhola, Felipe VI, de 52 anos, sofre de narcolepsia, uma doença que o faz adormecer em qualquer situação e lugar sem que possa controlar a sonolência.  

Ainda de acordo com Jaime Peñafiel, especialista em realeza espanhola, Felipe sofre desta doença crónica e incurável desde muito novo. E isso tornou-se um problema sério ao longo da vida do rei de Espanha. Por exemplo na infância, Felipe tinha problemas de pontualidade na escola. «Era uma criança mimada, preguiçosa nos estudos, com faltas de comparecimento e pontualidade. Com um problema sério adicionado: o sono. A puberdade causou-lhe preguiça, sonolência e falta de interesse em geral. Ele adormecia em pé», conta ainda Peñafiel. 

Para combater esta contrariedade, foi recomendado ao marido da rainha Letizia que não se inclinasse ao sentar. Se colocasse os cotovelos na mesa, por exemplo, então é que dormia mesmo. 

Os doentes com narcolepsia apresentam crises de sono em qualquer lugar e momento. E só temporariamente é possível resistir ao desejo de dormir. 

Na universidade, o pai da princesa Leonor e da infanta Sofia continuou a ter problemas de sono. «No Canadá, o regime do Colégio era muito rigoroso. O governador teve que recorrer a uma bolsa de gelo no rosto de Felipe», revela Peñafiel na mesma obra.

De acordo com a explicação do Hospital privado Cuf, a narcolepsia corresponde a uma alteração neurológica em que o controlo do sono e da vigília estão afetados. Há uma excessiva sonolência durante o dia, «com episódios intermitentes e incontroláveis de adormecimento.» 

«Embora a narcolepsia, em si mesma, não tenha consequências graves para a saúde, ela associa-se a sentimentos de receio e ansiedade e aumenta o risco de acidentes potencialmente fatais. Como tal, o seu impacto na qualidade de vida é muito significativo», lê-se no site da unidade hospitalar. 

Não são conhecidas as causas da narcolepsia. Mas existe uma predisposição genética, por isso esta perturbação costuma apresentar-se em pessoas com outros casos na família. 

Texto: Ricardina Batista; Fotos: Reuters 

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