Felipa Garnel e Nuno Lobo Antunes abriram o coração a Manuel Luís Goucha para falarem sobre a sua vida enquanto casal. A conversa foi transmitida na emissão desta quinta-feira, 17 de junho, de “Goucha”, e a apresentadora abordou a sua passagem atribulada pela TVI.
Foi em agosto de 2019 que Felipa Garnel sucedeu a Bruno Santos na função de Diretora de Programas da estação de Queluz de Baixo, tendo sido, seis meses depois, por Nuno Santos, o atual Diretor-geral do canal.
A passagem da comunicadora pela direção da TVI foi fugaz e muito comentada. Por essa razão, foi tema de conversa na entrevista que concedeu a Goucha. “Entendeste como fracasso a tua passagem pela TVI como diretora? Entendes como uma maldade que te fizeram?”, questionou o apresentador.
“Não. Nem entendi como maldade, foi muito difícil. Eu entrei numa altura em que toda a gente sabia que a TVI estaria à venda, mas ninguém sabia que seria ‘amanhã’, nem eu. Fiquei alguns meses autenticamente a fritar porque os espanhóis queriam uma coisa e o suposto novo proprietário, que era a Cofina, queria outra. E ninguém mandava. Uns queriam dinheiro, outros audiências…”, começou por confessar.
“Hoje em dia, estou completamente resolvida com isso. Senti que fui vítima das circunstâncias que eram muito complicadas. Fiz o que pude, estou perfeitamente convencida que teria sido um tempo difícil para qualquer pessoa. Não tinha um tostão para fazer nada”, acrescentou.
Felipa Garnel: “Estive seis meses naqueles labirintos em que nunca encontras a saída”
Apesar de não guardar rancor, Felipa Garnel assumiu que ficou “magoadíssima” com a TVI pela forma como foi rapidamente substituída, sem ter tido a oportunidade de concretizar os projetos que tinha em mente por falta de dinheiro.
“Saí magoadíssima porque foi tudo mal feito. Os primeiros dias foram complicados, mas o Nuno é fantástico. Tem sempre uma visão fora deste meio muito importante e ele viu o filme muito antes de ele acontecer e percebeu a dificuldade em que estava. A sensação que tenho é que estive seis meses naqueles labirintos em que nunca encontras a saída porque realmente não há saída”, disse.
Nuno Lobo Antunes, que também participou na entrevista, fez questão de dar a sua opinião sobre a passagem da mulher, de quem muito se orgulha, pela estação de Queluz de Baixo.
“Orgulho-me muito da Felipa (…). Tenho pena de várias coisas. Por um lado, que o reconhecimento do trabalho que ela conseguiu fazer durante aquele período não tenha surgido de uma forma mais clara. Tenho pena que não tivesse tido a oportunidade de concretizar alguns projetos que tenho a certeza de que seriam bem-sucedidos”, afirmou.
“Valeu a pena como experiência profissional?”, perguntou Manuel Luís Goucha.
“Não sei se houve tempo para valer a pena. Algumas coisas sim, aprendi algumas coisas. Estava com pessoas de quem gostava e isso vale sempre a pena. Depois, foram meses de sofrimento atroz e isso nunca vale a pena”, findou.
Texto: Mafalda Mourão; fotos: Reprodução TVI
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