Há 25 anos que Liana canta fado, mas o seu último álbum, Embalo, é o seu primeiro CD de fado tradicional. Os acordes melancólicos da guitarra portuguesa embalam esta fadista, que se deixa levar pelas emoções deste estilo musical tão português. “O fado conta-me segredos, inclusive meus, que, às vezes, eu mesma desconheço”, diz. A artista faz um balanço da sua carreira e revela projetos para o futuro.
VIP – Lançou há alguns meses o disco a solo Embalo. Que novidades traz este trabalho em relação aos anteriores?
Liana – Este é o meu primeiro CD de fado tradicional. O primeiro, Fado.pt, refletia novas abordagens ao fado; depois, estive muito ligada a musicais, projetos de world music e, embora cantasse sempre fado em todas estas aventuras, faltava-me este registo a solo na música que me viu, e fez, crescer.
É um CD mais intimista? O que revela de si?
É um trabalho muito livre, estive muito envolvida na composição de todo o álbum, uma vez que, propositadamente, não tive editora nem produtor. Tem uma manifestação pública das minhas causas. Um álbum editado nestas condições de liberdade total, sem intuitos vincadamente comerciais, é sempre fruto da vida que está a acontecer no momento de gravação.
O que a apaixona no fado?
Simplesmente, a música em si. Muito mais do que o grupo, o meio ou o ambiente são mesmo os acordes melancólicos das melodias, associados aos poemas, que me apaixonam, me transportam e me emocionam. O fado conta-me segredos, inclusive meus, que às vezes eu mesma desconheço.
Gostava de ser mãe?
Sou madrasta, das boas, o que me preenche a minha dádiva de carinho e me dá a alegria do amor de uma criança. Mas sim, sempre quis ser mãe, embora não faça questão que seja um filho de sangue. Entendo que o amor incondicional é o único elo realmente importante entre os seres humanos.
Que novos projetos tem preparados?
De momento, divido-me entre vários. O meu serviço turístico em Lisboa, o Sing Fado, onde durante duas horas ensino aos turistas a história do fado e como cantá-lo. Estou a começar o meu blogue, Horta da Azenha, no qual partilharei as minhas experiências com o meu hobby da agricultura biológica. Em outubro, inicio a tour do álbum Embalo, mas associada a um projeto social intergeracional, criado por mim e relacionado com o envelhecimento, que se chama O Fado e as Cidades. Juntando a família e os amigos, não tenho tempo para mais nada. Mas sou feliz assim.
Texto: Helena Magna Costa; Fotos: Bruno Peres; Produção: Manuel Medeiro;
Maquilhagem e cabelo: Vanda Pimentel com produtos Maybelline e L'Oréal Professionnel
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