Feliz e com um sorriso nos lábios. É assim que vive Mafalda Pinto, no Rio de Janeiro, para onde viajou depois de ter terminado o romance com Rogério Samora, com quem ia casar. A actriz quebra agora o silêncio e fala em exclusivo à VIP dos motivos que a levaram a atravessar o Atlântico, em Novembro do ano passado. No Brasil, tem aproveitado o tempo para estudar e para abraçar alguns projectos profissionais: está a gravar Guia de Sobrevivência Urbana, uma série que apresenta em parceria com dois outros actores. O regresso a Portugal ainda não está agendado, tudo depende dos convites profissionais que surjam.
VIP – Quando viajou para o Rio de Janeiro, em Novembro do ano passado, falou-se muito em Portugal que optou por viajar devido ao fim da relação com Rogério Samora. Isso é verdade?
Mafalda Pinto – Em relação ao Rogério, a única coisa que tenho a dizer é que nunca falei da minha relação com ele e não é agora que o vou fazer. Viajei quando terminei a novela, simplesmente… Finalizei as gravações (Mar de Paixão) no dia 12 e no dia 15 de Novembro eu já estava com a minha passagem marcada para ir para o Rio de Janeiro. Já estava nos planos. Terminei o projecto da novela, conciliei com as minhas férias e vim para cá, estudar.
Saiu uma notícia que teria um namorado no Brasil e que isso a prendia agora ao Rio de Janeiro…
Isso é um disparate! Não tenho namorado. Vou ficar aqui para continuar a estudar, fazer teatro e dedicar-me ao programa Guia de Sobrevivência Urbana. Se não existe ninguém, é porque realmente não existe ninguém!
Como surgiu o convite para estar à frente do programa Guia de Sobrevivência Urbana?
Através da agência L’Agence Rio. Eu fiz o teste e fui escolhida para apresentar o programa. Estou muito entusiasmada com este novo projecto. A série é jovem e é uma "delícia". Vai contar com peritos que vão antecipar e solucionar os problemas mais típicos nessa etapa da vida. Divido a apresentação com dois grandes amigos, o Paulo Lessa e o Karlo Caruso. Como já apresentei um programa em Portugal, isso deu-me uma boa base para colocar em prática este projecto no Brasil.
Por falar em experiência, quais foram os grandes nomes da representação que lhe serviram como referência, na sua carreira?
Foram vários os actores. A Alexandra Lencastre, a Maria João Luís, a Eunice Muñoz, o João Lagarto. No Brasil, adoro os trabalhos da Lilia Cabral, do Marco Nanini, da Christiane Torloni. Há pessoas muito boas que admiro, tanto aqui como em Portugal.
Já visitou muitas vezes o Rio de Janeiro. O que mais a encanta na Cidade Maravilhosa? Já está a falar um português mais “abrasileirado”…
Esta é a quinta vez que venho. A primeira vez que estive aqui fiquei logo apaixonada pela cidade. Posso dizer que era a viagem dos meus sonhos. Aqui existe uma energia diferente e sinto-me totalmente em casa. Tenho vários amigos especiais que fiz nessas viagens. Conheço outros locais no Brasil, mas só no Rio é que tive vontade de morar. É tudo lindo e as pessoas estão sempre a sorrir. Sinto um clima de descontração, um estilo de vida menos preocupado com as aparências. A cidade é naturalmente maravilhosa. Já fiz programas inesquecíveis. Adorei conhecer o grupo Nós do Morro e ir ao morro do Vidigal. Também amei ir a Angra e, é claro, ter conhecido a cidade de Maceió, no Nordeste brasileiro.
Não ficou com medo de trocar a carreira já estabilizada em Portugal para ter de recomeçar tudo no Brasil?
No outro dia assisti a uma palestra do João Falcão em que ele comentou uma coisa que me fez pensar – sobre as metas da vida. Ele disse que se chega a um ponto em que quem faz novelas, alcança tudo o que sempre quis na carreira e no trabalho e não tem mais para onde ir. Nessa altura é necessário recomeçar tudo de novo. E eu identifiquei-me com esse comentário, até porque na vida não há garantia de nada. Desde que comecei na profissão, sabia que a carreira de um actor é instável. Às vezes um actor faz novelas e depois fica alguns meses sem trabalho. Isso acontece frequentemente. Aprendo com a vida, com o tempo e essa realidade não me assusta.
Então, vir para o Brasil foi uma escolha bem planeada?
Estou aqui por opção: eu não abandonei Portugal. Apenas tirei este ano para estudar e dedicar-me a alguns cursos no Rio. Em Portugal eu fazia muita televisão e não tinha tempo de me dedicar ao teatro. Então, resolvi tirar um ano para estudar. Fiz os contactos antes e a experiência está a ser melhor do que eu esperava. E não tem preço tudo aquilo que estou viver! Vim para ficar apenas dois ou três meses e acabei por decidir estender por um ano. Nesta minha passagem pela cidade encontrei pessoas queridas e estou muito grata àqueles que me ajudaram. Posso destacar alguns nomes como o meu agente Luiz Lobo; a minha fonoaudióloga Cristiane Magacho; o meu professor de teatro Daniel Herz e a minha professora também de teatro Camilla Amado e muitos mais amigos e amigas!
Fala de cursos, projectos… O que tem feito especificamente em termos de estudo?
Passo a maior parte do tempo a estudar. Faço os cursos de Teatro para actores profissionais, com o Daniel Herz; o da Casa de Cultura a Laura Alvim; o de teatro sobre Hamlet, com a Camilla Amado; o de produção em Artes Cénicas, na Universidade Cândido Mendes; e ainda tenho tempo para as aulas de voz com Cristiane Magacho. No Brasil faz-se mais teatro do que em Portugal. Em média, eu vou duas vezes por semana assistir a um novo espectáculo. Fiquei encantada com a peça Maria do Caritó, com a Lilia Cabral, que é uma actriz esplêndida; com a As Centenárias e com o musical Hair, que é fantástico.
Quando não se dedica aos estudos, como costuma ocupar as horas vagas?
Levo uma vida normal, como qualquer pessoa. Adoro fazer ioga, que me dá equilíbrio. Gosto de correr na praia de Ipanema, vou ao supermercado. É óptimo poder fazer as minhas compras. Um programa interessante no Rio é ir à livraria Travessa, em Ipanema. Não gosto muito de sair à noite. Às vezes saio para assistir a alguns espectáculos como o do Maria Gadu, da Ana Carolina, ou então vou para os ensaios do Bloco da Preta, da Preta Gil. Este ano não consegui ir ao desfile das escolas de samba, no Sambódromo, mas quem sabe se para o ano eu consigo? Essa é uma das minhas vontades.
Está longe de Portugal, dos amigos e da família. Como faz para matar as saudade?
O Skype (programa de videochamadas através da Internet) ajuda a matar as saudades dos meus pais. Todos os dias ligo a Internet e falo com eles. Isso já não é um problema! Em Fevereiro, os meus pais passaram dez dias comigo. Servi de guia e levei-os a lugares que acho lindos na cidade, como o bairro de Santa Tereza. Eles andaram de "bondinho" (eléctrico), conheceram a cachoeira do Horto, foram ao bar da Urca e, pela primeira vez, fui com meu pai e minha mãe ao Cristo Redentor. Tive aquela sensação de dever cumprido porque todas as outras vezes que estive na cidade nunca consegui lá ir.
Já provou os pratos típicos ou tem "fechado" a boca?
Adoro comer açaí e carne seca. É uma delícia! Mas não dá para abusar todos os dias, se não vou acabar por engordar.
O facto de estar do outro lado do Atlântico, longe dos paparazzi, sente se mais relaxada para poder passear na cidade?
Já me acostumei com essa questão de ter sempre um paparazzo a seguir-me em Portugal. E isso faz parte. Procuro andar no meu mundo e pronto.
Foi difícil tomar a decisão de voltar para Portugal apenas no final do ano?
Decidi que fico no Rio até o final do ano. Vou continuar com as minhas aulas, nos meus cursos e agora com o início do programa, ficou tudo ainda melhor. Mas quero fazer uma ponte aérea com Portugal.
Com tantas novidades para o ano de 2011, quais são os seus planos?
Estou cheia de projectos. Quero aprender a cantar e a dançar, vou fazer cursos de voz e de dança para actores porque acho essencial um actor ser completo. Quero montar uma peça de teatro, talvez um espectáculo infantil, porque tenho muita vontade de trabalhar com crianças. Mas não sou de fazer muitos planos. Apenas deixo as coisas acontecerem.
Texto: Márcio Gomes; Fotos: Lino Rodrigues e Impala
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