Inspirado pelo espírito country e forasteiro, Nuno Janeiro protagonizou uma sessão fotográfica para a VIP, acompanhada por uma conversa descontraída, onde o actor explica que, ao contrário do personagem que encarnou para as fotos, nada tem de rebelde. Muito pelo contrário. Atrás de uma beleza e sensualidade exóticas, esconde uma faceta tímida que só quebra em frente às câmaras, já que se sente protegido pelos papéis que vive. Aos 33 anos, o actor está solteiro, mas sonha voltar a apaixonar-se e ser pai. Diz que com a ex-namorada, Sofia Ribeiro, ficou a amizade e nega ter tido um caso com Merche Romero, dizendo que nem a conhece pessoalmente.
VIP – É do conhecimento público que está solteiro. É um estado que lhe agrada?
Nuno Janeiro – Sim, estou a gostar muito de estar solteiro. Nunca estou sozinho. Tenho a família, os amigos, tenho mais tempo para estar com eles e fazer outras coisas. Tenho feito a minha vidinha e aproveitado o meu tempo.
Apaixonar-se é um desejo? Porque a verdade é que já lhe foram apontados vários romances, por exemplo, com a Dânia Neto, e mais recentemente com a Merche Romero.
Quando tiver de acontecer, acontece. Já tenho idade suficiente para saber que estas coisas não acontecem quando nós queremos, mas sim quando tiverem de surgir.
Como é que lida com o facto de a Imprensa lhe apontar vários romances ultimamente?
Fui-me habituando. Deixei de dar tanta importância. Nunca escondi nada a ninguém e quando se passar alguma coisa, quando tiver namorada, serei o primeiro a falar sobre isso.
Tenho de lhe perguntar: o que é que aconteceu ao certo com a Merche Romero?
Nada. Não sei como surgem estes rumores, porque se me cruzei três vezes com ela em trabalhos foi muito…
E com a Sofia? Como ficou a vossa relação? Está preparado para um dia ter de contracenar com ela?
Faz parte do nosso trabalho, não é? Se algum dia nos tivermos de cruzar em algum trabalho vamos fazê-lo com todo o gosto e profissionalismo.
Ficou uma amizade entre vocês?
…Sim, acho que sim…
Apesar de estar solteiro quer casar, ter filhos?
Quero, quando chegar a altura. Essas coisas têm uma altura certa para acontecer.
Recentemente apresentou um programa para o canal por cabo Panda Biggs, onde deu a conhecer às crianças a cidade de Paris. Como era quando era miúdo?
Era muito traquina. Dava muito trabalho (risos). Era um rapaz normal, com os amigos, com os jogos da bola, com as bicicletas.
Há alguma coisa que gostasse de reviver desses tempos?
Não. Relembro tudo com um sorriso, mas não voltava atrás por nada. Se calhar quando tiver 60 anos vou querer voltar atrás e vou sentir saudades de ser criança, mas agora não.
Não é saudosista?
Não, não sou nada saudosista (risos). Estou bem agora. Não me queixo de nada. Estou rodeado da família, de amigos, das pessoas que gostam de mim.
A nível profissional a vida também lhe corre bem.
É verdade. Ser actor não era o meu sonho. Passou a ser quando já tinha 25 ou 26 anos. Hoje posso dizer que gosto daquilo que faço. Acho que ser realizado profissionalmente ajuda-me a gostar do presente e a não pensar no passado.
“Ainda me chamam de Sam”
Estreou-se nos Morangos com Açúcar e, normalmente, os personagens desta série marcam o público. Sente isso na rua?
Sim, há muitas pessoas que ainda me chamam de Sam ao fim destes anos todos. É uma coisa que me agrada porque era um personagem difícil de fazer.
Foi o papel mais difícil da sua vida?
Sim, por ter sido o primeiro e por interpretar um paraplégico. Não sabia como é que as pessoas iam reagir ao personagem.
Como é que um jovem sem experiência prepara um personagem destes?
Nos aspectos técnicos tive a vida facilitada porque normalmente tens de te fazer às câmaras. Como estava sentadinho eram elas que se faziam a mim. Depois treinei muito em casa, a fazer tudo sentado em cadeiras. E tive a ajuda do Nuno Vitorino [um atleta olímpico] que me ajudou bastante a ter a força de viver e a positividade que a minha personagem precisava.
Qual dos personagens que fez era a mais diferente de si?
Todos são um pouco de mim. Talvez o Tiago, da Flor do Mar, fosse o mais diferente. A maneira como ele lidava com a família, era um pouco rebelde…
O Nuno não é rebelde?
Não, nada. Sou uma pessoa muito calma, tranquila, ponderada.
“Não me acho sensual”
Não se sente um rebelde, mas com certeza sente-se bonito e sensual. O que é que as pessoas lhe dizem na rua? Qual foi o piropo mais engraçado que ouviu?
Eu não me acho assim tão sensual (risos)… São sempre piropos simpáticos e na maior parte das vezes são relacionados com os personagens. Tive muitos engraçados. O que me lembro melhor foi de uma miúda que passou por mim e disse: "Para mim era sempre Janeiro" (risos).
Como reage quando ouve estas coisas? É muito tímido, não é?
Muito tímido, mas já fui mais. Quando é para me expor mais do que o necessário fico mais introvertido e tento esconder-me.
Como é que uma pessoa tímida aparece tão naturalmente em frente às câmaras?
O que acontece é que em frente às câmaras o personagem, que é a nossa máscara, protege-me.
Agora está a gravar a mini-série da TVI, O Dom. O que nos pode dizer sobre isso?
Só posso dizer que me vão ver num registo diferente. Até agora tenho tido a sorte de poder fazer coisas diferentes. Só me falta experimentar interpretar um vilão. Ainda não tive essa oportunidade.
Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Bruno Peres; produção: Manuel Medeiros;
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