Adaptado do clássico de Alfred Hitchcock, a peça Os 39 Degraus está em
digressão pelo País antes de estrear em Lisboa. A comédia conta com cerca de cem personagens, interpretados por Joaquim Horta, João Didelet, Rui Melo e Inês Castel-Branco. A actriz, conta também com Simão, o filho que teve com o companheiro de longa data, Filipe Pinto Soares, na estrada. Inês, que foi mãe há cinco meses, admite que leva o filho para todo o lado e fala à VIP da maternidade, da nova logística da sua vida e da vontade que tem de crescer na ficção nacional da SIC, onde acaba de assinar um contrato de exclusividade.
VIP – Antes de mais, acaba de assinar contrato de exclusividade com a SIC. Fica feliz por ter “lugar reservado” na ficção nacional?
Inês Castel-Branco – Claro que sim. É bom saber que fazemos parte de um grupo de trabalho e é óptimo fazer parte de algo em crescimento. A SIC está a apostar na ficção em grande e quero muito fazer parte dessa aposta. Estou numa fase em que quero crescer com eles e acredito que juntos podemos fazer produtos interessantes.
Sente que é uma prova de confiança ao seu trabalho?
Sim. Sei que é isso mesmo, mas também sei que vou conseguir cumprir com as expectativas, aliás, tenho muita vontade de começar.
Já se estreou na representação quase há dez anos, sempre sentiu que essa era a sua vocação?
Não. Foi só em adolescente. Os testes psicotécnicos aconselhavam ir para teatro e eu achava que aquilo não era real. Os anos foram passando e fui pensando melhor no assunto, até que fui a uma audição. Tinha 16 anos.
O teatro é a sua paixão maior, ou prefere o pequeno ecrã?
Gosto do ecrã grande, do palco e do ecrã pequeno. São tão diferentes uns dos outros. Adorava fazer os três regularmente.
O facto de fazer uma digressão com o Simão, com a peça Os 39 degraus, não dificulta a logística?
Quando há muita vontade, nada é difícil. Tenho de levar mais malas e os meus colegas de trabalho têm-me ajudado a subir e descer escadas! (Risos)… Coitados. Mas tenho muita sorte. O Simão já tem imensos "quilómetros" e nunca se queixa.
Não se consegue separar dele… é uma relação ainda muito “umbilical”?
Consigo, mas não quero. Por mim até o levava para o palco. Estou "caidinha" por ele.
Faz questão de seguir as directivas da Organização Mundial da Saúde no que toca à amamentação?
Tinha o objectivo de amamentar até aos seis meses e tem sido possível. Tenho muita sorte e ele também. Mas não sou fundamentalista. No início foi muito difícil, pensei em desistir, mas acabei por conseguir. Todavia, acho que é muito injusto para uma mãe passar por essa pressão, porque se algo corre mal ela é que fica a sentir-se culpada.
Como é que ele está, é um bebé bem-disposto?
Muito. Está sempre a rir.
Sempre quis ser mãe jovem?
Sim. Gostava de ter sido mais cedo, mas não consegui.
O facto de ter sido mãe alterou a forma como vê a sua, a Luísa Castel-Branco?
Toda a gente dizia que isso me iria acontecer, mas nem por isso. Sempre a vi como a supermãe.
É uma avó diferente da mãe que recorda da sua infância?
É mais calma e ponderada.
Sente-se mais madura, pelo facto de ter um ser inteiramente dependente de si?
Não sei se será maturidade, mas alguma coisa mudou! Vejo a vida e os percalços de forma diferentes. Estou mais descontraída, como se tivesse caído num caldeirão de amor. Até estou mais lamechas e tudo.
Como está a correr a peça Os 39 Degraus?
Começámos pela digressão, o que é um pouco atípico… Este espectáculo é muito bom de fazer. É um sonho para qualquer actor. É teatro na sua mais pura essência. E cada dia é uma surpresa!
E o desafio de interpretar três personagens, foi complicado?
Tudo nesta peça é extremamente desafiante. O facto de fazer mais do que um personagem permite-me mostrar alguma versatilidade e também criatividade. Além disso, todos os dias fico encantada com o trabalho dos meus colegas.
É considerada uma das actrizes mais camaleónicas de Portugal. Como faz para "vestir a pele" de personagens muito diferentes?
Sou?!? Que bom! Enquanto espectadora, confesso que sempre gostei mais de actores que se alteram em vez dos que fazem sempre personagens muito parecidos consigo mesmos. Talvez venha daí essa vontade de fazer personagens muito diferentes umas das outras, mas, acima de tudo, diferentes de mim.
Passa muito pela alteração de visual?
Ajuda, mas para mim não é o mais importante na construção do personagem. Acho que é bom, quando fazemos televisão, não nos colarmos sempre ao mesmo visual, pois corremos um risco.
É fã do Hitchcock?
Sim. Há uns anos, ainda só tinha visto Os Pássaros e ofereceram-me uma biografia dele. Fiquei imediatamente fã. É engraçado voltar ao seu imaginário.
E do romance policial, de forma mais abrangente?
Também. Recordo a minha avó a ler um todas as noites. Ela sim, era uma verdadeira fã desse género. Eu gosto muito de biografias, romances… e alguns mais técnicos. Ultimamente, os de puericultura!
Gosta de fazer humor?
Sim. O último papel mais cómico que fiz foi na Doce Fugitiva. Tinha muitas saudades. No início do meu percurso tinha mesmo uma preferência pela comédia, mas depois tive medo de ficar conotada e resolvi aceitar personagens mais sérios ou dramáticos. Voltar a fazer comédia tem sido bom demais, já me esquecia do prazer que é. É uma risota constante. Além disso, poder proporcionar às pessoas momentos de boa disposição é também único.
E cinema, não a atrai?
Claro que sim. Das linguagens que existem na arte de representar, é aquela que me atrai mais, talvez por não ter muita experiência. Sou cinéfila e adorava que se fizessem mais filmes por ano em Portugal.
Há algum tipo de personagem que ainda não teve oportunidade de interpretar e que gostava de explorar?
Todos os que ainda não tive oportunidade de fazer.
Texto: Elizabete Agostinho; Fotos: Paulo Lopes; Produção: Romão Correia; Maquilhagem e cabelo: Vanda Pimentel com produtos Maybelline e L’Oreal Professionnel
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