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“Este foi um Natal diferente e agradável”

Casado há quatro meses com Francisca Pinto Ribeiro, Ricardo Pereira tem conseguido saborear a vida de casado, apesar das muitas horas passadas em aviões. Numa curta visita a Portugal, o actor confessou à VIP que o casal não faz planos para ter filhos e que o primeiro Natal enquanto marido e mulher foi passado no Brasil.

VIP – Já fez várias campanhas para a Throtleman. É uma daquelas marcas que não consegue recusar?

Ricardo Pereira – Não é só isso, é uma aposta. A parceria tem sido bem vivida e tem corrido lindamente. Estou muito feliz e identifico-me com a marca e com as pessoas que trabalham nela. É um trabalho bom de fazer.

Já teve a oportunidade de trabalhar com diversas manequins. O que destaca em cada uma delas?

As mulheres têm uma preocupação extrema em ficar bem nas fotografias (risos). Em comum, têm o facto de serem muito alegres. A Joana [Freitas] é mais divertida no sentido em que existiram muitas piadas que nos faziam rir. A Helena [Coelho] estava sempre preocupada com a estética da foto. A Cláudia [Vieira] é uma amiga para a vida, é fácil trabalhar com ela porque é quase como trabalhar com uma irmã. A Raica [Oliveira] é uma pessoa que conhecia menos.

Como reagia a um convite para trabalhar com a Francisca?

Já me propuseram vários trabalhos com a minha mulher, mas acho que é preciso separar as coisas. A Francisca tem outra área e, não sendo uma figura pública, acabou por ficar conhecida por estar ao meu lado sempre que pode, tal como eu acompanho o trabalho dela. Seria algo a ponderar, mas não é algo que queiramos muito porque entendemos que temos que nos reservar.

Tem passado muito tempo em aviões…

Tenho andado um pouco pelo Mundo a promover o filme Mistérios de Lisboa. O filme tem ganho vários prémios e tem tido uma progressão internacional muito grande, o que nos deixa contentes. Depois de casar frequentei um curso que a Globo me ofereceu e fiz uma participação numa série brasileira que se chama Vida Alheia. Fiz mais um curso, com o Robert Castle no Rio de Janeiro e já estou a ter aulas e a preparar a novela Insensato Coração. Vou começar a gravar ainda este ano. Tenho andado muito ocupado, principalmente porque tenho passado muito tempo em aviões.

Vai fazer um papel diferente na próxima novela brasileira…

Não posso falar muito (risos). Vai ser um desafio grande, será a minha primeira novela das oito no Brasil, que é a novela de topo e que é vista diariamente por cem milhões de pessoas. Estou muito contente.

Há muito que é visto como galã. Outro tipo de personagens podem retirar-lhe esta definição?

Acho que é muito importante fazer outro tipo de personagens, sobretudo em televisão, pois tenho aproveitado para os fazer em teatro e cinema. Na televisão, principalmente nas novelas, tenho feito de eterno apaixonado e nunca escondi que quero fazer outro tipo de papéis.

É mais difícil fazer de vilão ou de eterno apaixonado?

A exigência é a mesma, mas aquilo que passa para o telespectador é diferente. É difícil fazer personagens bonzinhos porque não os podemos deixar cair na chatice. A dificuldade é a mesma.

O seu futuro profissional está a afastar-se de Portugal?

Não. Sinto-me como qualquer pessoa que tem a possibilidade de trabalhar fora do País. Tenho o privilégio de ter sido convidado para trabalhar fora de portas e ter uma carreira internacional. O importante é ter a possibilidade de viajar e aprender diferentes culturas e a trabalhar com pessoas diferentes. Continuo a vir cá e a ter trabalhos em Portugal. Obviamente que oportunidades para trabalhar fora não aparecem todos os dias e quando surgem têm de ser aproveitadas.

Espera que o reconhecimento internacional do filme Mistérios de Lisboa possa abrir as portas a outros mercados?

Mistérios de Lisboa já foi considerado o filme do ano em França. Já recebi vários telefonemas para fazer um filme francês e uma série em França, onde já tenho um agente. Como o filme está a ser muito bem recebido no estrangeiro, é normal que abra portas. Não escondo que pretendo que a vida seja um desafio constante. Além disto, ainda me falta fazer muito em Portugal.

Portugal acaba por ser o seu refúgio?

Sempre fui muito patriota e sempre gostei muito do meu país. É aqui que gosto de estar, onde tenho muitos amigos e onde tenho a minha casinha. Sempre que tenho tempo é para aqui que volto.

O que escolhia: ser protagonista de uma novela das oito no Brasil, fazer um filme em França ou uma série nos EUA?

Em primeiro lugar, tinha de ler o guião para perceber o que me podiam acrescentar enquanto actor. Estaria entusiasmado com a oportunidade de ir para os EUA fazer uma série, porque já trabalhei nos outros países.

Tem conseguido desfrutar dos primeiros meses de casamento?

Tenho conseguido. A minha mulher tem conseguido viajar comigo. Uma das minhas grandes vontades é ter sempre alguém com quem partilho aquilo que vou sentindo. Gosto muito de viver e a vida tem mais piada quando temos a oportunidade de estar constantemente em viagem porque conhecemos muitas coisas e todos os dias são diferentes. Mas isto só tem piada se tiver alguém comigo para partilhar as experiências e fazê-lo com a mulher é impagável.

O apoio da Francisca é visível no dia-a-dia profissional?

O casamento é isso: o apoio do homem à mulher e vice-versa. A ajuda tem de existir nos dois lados e é isso que se passa connosco. Temos de ser os primeiros a ser positivos uns para os outros e é isso que acontece na nossa casa.

Vai reunir os amigos no Brasil até ao final do ano para celebrar o casamento?

Quero acreditar que ainda consigo. Vai depender da agenda profissional. Será algo despretensioso, um encontro de amigos.

Ser pai é o passo seguinte na relação?

O meu próximo passo será a novela Insensato Coração (risos). O que vier virá, mas sem planear nada. Acontece quando tiver de acontecer. Se tenho o desejo de ser pai? Tenho e já o disse várias vezes.

Onde passou o Natal?

Foi passado no Brasil devido aos meus compromissos profissionais.

Foi o primeiro desde que casou. Isso deu um encanto especial a esta quadra festiva?

Foi diferente e agradável, é o caminho da vida.

Texto: Bruno Seruca; Fotos: Luís Baltazar; Produção: Marco António; Maquilhagem e cabelos: Tita Costa com produtos Maybelline e L'Oréal Professionnel

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