Juan Carlos I De Espanha
Esta agenda não é para doentes

Realeza

JUAN CARLOS faz milhares de quilómetros em duas visitas oficiais
Na semana em que muitas publicações denunciam o aspecto cansado e abatido do rei de Espanha e afirmam que cada vez mais o monarca delega funções no varão, Felipe, Juan Carlos protagoniza duas visitas oficiais, qualquer delas com grande importância política.

Qui, 26/05/2011 - 23:00

 Na semana em que muitas publicações denunciam o aspecto cansado e abatido do rei de Espanha e afirmam que cada vez mais o monarca delega funções no varão, Felipe, Juan Carlos protagoniza duas visitas oficiais, qualquer delas com grande importância política.

No início da semana o monarca mudou de continente e foi a Marrocos, onde esteve reunido com o rei Mohamed VI. Foi o primeiro chefe de Estado estrangeiro a chegar a Marraquexe depois dos atentados da praça central da cidade que mataram 16 pessoas, entre as quais um turista português. A visita não foi apenas cortesia: Espanha e Marrocos têm relações tensas desde há muitos anos por causa do Sahara Ocidental, por isso a reunião entre os dois chefes de Estado, que durou mais de duas horas, teve grande importância para as relações entre os dois países. A diplomacia espanhola destacou a importância deste encontro para as relações económicas entre os dois países. Dois dias depois Juan Carlos, acompanhado da rainha Sofia, foi à Suíça numa visita com deslocações a Berna e Lousane. Os reis de Espanha foram recebidos pela Presidenta da Suíça, Micheline Calmy-Rey, com quem o rei debateu uma agenda de assuntos bilaterais.

Ao mesmo tempo que o rei fazia duas visitas oficiais seguidas, cabia a Felipe e Letizia a presença nas cerimónias de homenagem às vítimas do tremor de terra de Múrcia. Mais uma vez, é maior a visibilidade da agenda dos Bourbon do que a do monarca. Desde a operação ao tumor benigno no pulmão, Juan Carlos escolhe cuidadosamente os eventos em que aparece e o critério é sempre o mesmo: apostar em iniciativas política e economicamente mais importantes para o seu país, mais produtivas para os interesses de Espanha e deixando a representação para o filho.

Texto: CFA; Fotos: Reuters  

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