O terceiro filho da rainha Isabel II não consegue ficar longe dos escândalos e, mais uma vez, o seu nome aparece nas manchetes dos tabloides ingleses, agora devido à acusação de um possível envolvimento sexual com uma menor, entre 1999 e 2002.
Virginia Roberts, atualmente com trinta anos, casada e mãe de três filhos, afirma ter conhecido Jeffrey Epstein e, mais tarde, o príncipe André, através de Ghislaine Maxwell, a filha do magnata da Comunicação Social Robert Maxwell. É a filha do diretor de manutenção de um country club, propriedade de Donald Trump, na Flórida, intitulado Mar-A-Lago.
Foi no decurso da investigação do processo ao multimilionário e amigo de longa data do príncipe André, Jeffrey Epstein, acusado e condenado a uma pena de prisão de 18 meses por ter sexo com uma menor, que veio à tona mais este escândalo, que envolve o filho de Isabel II.
Em declarações proferidas durante as audiências e transcritas pelo jornal inglês Mirror, Virginia Roberts afirma que trabalhava na estância de turismo em part-time como assistente aos quartos, em 1999, quando conheceu a socialite Ghislaine, pouco depois de ter feito 15 anos. “Eu vestia o uniforme branco do Mar-A-Lago (minissaia e um polo justo brancos) quando fui abordada por uma mulher decidida, nos seus quarenta anos, com uma pronúncia marcadamente britânica – Ghislaine”.
Prontamente, Virginia Roberts aceitou um convite de Ghislaine para trabalhar para Epstein e, mais tarde, ter-lhe-á sido oferecida a oportunidade de trabalhar para um cavalheiro abastado que precisava de uma massagista para as suas viagens.
A adolescente terá visitado, então, a mansão vizinha do banqueiro Epstein, em Palm Beach, onde afirma ter sido paga a quantia de 130 libras (mais de 166 euros) pelo que ele designava de “massagem erótica”.
A acusação movida por Virginia Roberts faz parte de um complexo e longo processo criminal contra Epstein. Foi na sequência deste que surgiram os rumores sobre os encontros com o duque de York. Virginia Roberts afirma ter voado para Londres, em 2001, onde alegadamente se terá envolvido sexualmente com André, de 54 anos.
Mais tarde, Virginia casou com um instrutor de artes marciais australiano, apenas referido no processo como Robert, e viveu em Sydney durante 11 anos, até ter regressado aos Estados Unidos com os três filhos, há cerca de um ano.
Apesar deste caso ter sido mencionado pela primeira vez em 2007, no tablóide Mail on Sunday, sem os pormenores agora conhecidos, o alegado envolvimento sexual de André com Virginia Roberts sempre foi desvalorizado em Buckingham. Até agora, pois a casa real inglesa viu-se mesmo obrigada a abordar o assunto e vir a público defender o duque de York. Um porta-voz do Palácio de Buckingham referiu que “qualquer sugestão de ações inadequadas com jovens menores de idade é categoricamente falsa”.
Da mesma forma, a ex-mulher do príncipe André, Sarah Ferguson, também já veio defender publicamente o seu ex-marido e pai das suas filhas. A duquesa de York teceu os primeiros comentários sobre este assunto quatro dias depois de todo o escândalo ter vindo a lume: “Ele é o melhor homem à face da Terra. Foi o melhor momento da minha vida, quando casei com ele em 1986. É um grande homem, o melhor de todos”, afirmou.
As declarações de Sarah Ferguson, reproduzidas pelos jornais ingleses, terão sido proferidas à saída de uma estância de luxo de desportos de inverno, em Verbier, na Suíça, onde a duquesa passou uns dias de férias com o ex-marido e a filha mais nova do casal, Eugenie.
Este não é o primeiro escândalo em que o príncipe André, o quinto na linha de sucessão ao trono britânico, se vê envolvido, direta ou indiretamente. Em 2010, foi a vez de Sarah Ferguson ser apanhada por repórteres do jornal News Of The World, disfarçados de empresários estrangeiros, a receber uma pasta com 51 mil euros, como adiantamento de um total dos 639 mil euros que exigiu para lhes garantir o acesso direto a favores do ex-marido. Mais tarde, no final do mesmo ano, o duque de York vê-se enredado no escândalo que ficou conhecido como WikiLeaks. Correspondência diplomática datada de 2008 e só então divulgada trazia à luz do dia os comentários e ataques verbais de André aos jornalistas e investigadores de um negócio de venda de armas, em que terá sido mediador, entre o Reino Unido e a Arábia Saudita. A sua implicação no negócio (e o que terá ganho com isso…) nunca ficou cabalmente esclarecida, mas as dúvidas sobre o seu desempenho como embaixador especial do comércio externo britânico mantiveram-se para sempre.
A relação entre André e Epstein sempre foi motivo de polémica. O milionário foi à festa de aniversário da rainha Isabel II em 2000 e, nove anos depois, quando o investidor foi libertado da prisão, o príncipe André visitou-o em Nova Iorque. Porém, dois anos depois surgiram indícios de que o duque de York tinha cortado relações com o amigo. O príncipe já tinha sido acusado de conhecer as alegadas vítimas de Epstein e de estar ao corrente dos abusos sexuais a que teriam sido sujeitas.
Texto: Luís Peniche; Fotos: Impala
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