Eduardo Barroso, médico-cirurgião geral, professor universitário, escritor, jornalista e comentador desportivo de futebol, esteve este sábado, 15 de dezembro, no programa Conta-me como És, de Fátima Lopes, na TVI.
O médico começou por falar da sua infância, onde revelou ter vivido com a mãe, um pouco «traumatizada pelo divórcio», e com um «anti-pai», que pouco estava presente.
Eduardo Barroso admite que o pai ligava apenas aos seus estudos e a única coisa que lhe interessava era que as notas fossem excelentes. Contudo, confessa que todos os seus amigos o adoravam: «Era a pessoa certa para ser pai dos outros, não era o pai que os meus filhos quisessem que eu fosse», disse.
Desde sempre com notas excelentes e com uma média de «génio», o professor universitário relembra que «sempre quis ser cirurgião».
Contudo, o azar também lhe bateu à porta recentemente quando em julho deste ano sofreu um enfarte. O médico chega mesmo a adiantar: «pensei que podia morrer».
A relação com os doentes
Conhecido pelos pacientes como sendo um profissional carinhoso e atencioso, Eduardo Barroso é o primeiro a admitir: «tenho de facto uma relação muito afectiva com os doentes».
«Eu via uma doente mais velhota, um bocado abandonada no hospital, e aquilo era espontâneo. Uma festa na mão, às vezes até um beijo na testa, o que até era um exagero, mas saía-me… às vezes isso era mais importante que a precisão do bisturi», diz emocionado.
«Quando sou amigo perco um bocadinho o sentido crítico»
Para além dos doentes, é visto de igual forma também pelos amigos e familiares. Ao longo do programa, Eduardo Barroso recebeu algumas mensagens e, em todas delas, foi elogiado como um homem dono de um «coração enorme» e de uma grande «generosidade».
O médico reconhece esse título e refere ainda que «para defender um amigo» às vezes até pode «ser um bocadinho irracional». Acrescenta ainda: «Quando sou amigo perco um bocadinho o sentido crítico»
Comentador desportivo
Ao falar da paixão que tem pelo futebol, Eduardo Barroso relembra um episódio polémico que se passou em televisão enquanto comentador desportivo.
«Eu tive que abandonar um programa. Estes programas às vezes têm pessoas que estão abaixo da qualidade mínima humana e torna-se difícil dialogar com elas. E mais não digo senão entramos neste palco. Aquilo atingiu níveis… Tive muita pena», confessa.
Marcelo Rebelo de Sousa deixa uma mensagem ao amigo
Bem antes de ser Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa já era um dos melhores amigos do cirurgião.
Numa mensagem sentida deixada ao médico, o professor refere que «em todas as facetas» o amigo é «uma personalidade especial (…) Excecional em todas as vertentes».
Em resposta, o comentador desportivo refere que «O Marcelo nunca faltou a nada do que foi importante na minha vida».
Por último, partilha uma recordação curiosa: «Aos 10 anos eu disse ao meu primo João Soares: “O Marcelo vai ser Presidente do Conselho”», certo é que se realizou. «Sempre achei que ele era mais inteligente do que eu», termina dizendo.
Texto: Joana Rebelo; Fotos: Arquivo Impala
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