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EDDIE FERRER trabalha há 14 anos como DJ e prepara-se para editar Jigsaw Lover

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“Vivo dedicado à música”, diz o produtor
Há 14 anos no mundo da música, o DJ e produtor Eddie Ferrer está a poucos dias de lançar a sua primeira música, pensada por si e produzida na Jamaica, para onde viajou propositadamente para dar início à concretização do seu sonho.

Qui, 13/10/2011 - 23:00

 Há 14 anos no mundo da música, o DJ e produtor Eddie Ferrer está a poucos dias de lançar a sua primeira música, pensada por si e produzida na Jamaica, para onde viajou propositadamente para dar início à concretização do seu sonho. Aos 31 anos, o filho de Zulmira Garrido Ferreira tem conseguido dar provas do seu valor, quer dentro quer fora de Portugal e até conseguiu convencer a família de que ser DJ “é uma profissão séria”. “Agora, a família é o meu maior apoio.” Mantém há largos anos uma residência na discoteca Companhia, na Covilhã, mas é normal vê-lo (e ouvi-lo) noutros espaços noturnos.

VIP – Vai lançar o seu primeiro single. Como foi produzi-lo?
Eddie Ferrer – É um trabalho que estou a desenvolver há um ano e que me está a deixar ansioso. Chama-se Jigsaw Lover e foi produzido com a vocalista jamaicana, Toni Blair, que ficou em terceiro lugar no programa Ídolos Jamaica. Foi engraçado porque esta parceria não estava planeada e acabou por ser uma boa surpresa, já que ia com a intenção de gravar vozes masculinas e acabou por aparecer uma voz feminina. Tive a oportunidade de trabalhar no Harry´s Studio, com o produtor Stephen Stewart, que já trabalhou com nomes como Steve Wonder, Lionel Richie, Bob Marley e Shakira. Tem cinco Grammy na parede dele. Foi uma pessoa que meu deu muita força e alento para a realização do meu trabalho. Sem dúvida que este é o culminar de um sonho.

Porquê gravar esta música na Jamaica?
Fui à procura da música que os jamaicanos têm. Eles têm um talento natural para cantar e fui um bocadinho à procura disso e do calor e da musicalidade deles, que é qualquer coisa fantástica. Quero voltar lá, já que desta vez não tive tempo para passear. Foi duro, passei os dias todos dentro do estúdio, 11 horas por dia.

Aos 31 anos tem 14 de experiência como DJ. Como tem sido a sua carreira?
Vivo dedicado a esta profissão e ao contrário daquilo que possam pensar, é preciso trabalhar-se muito. Ser DJ está na moda e a concorrência é muita e forte. Quando comecei, esta não era uma profissão bem vista, por estar associada à noite e a tudo o que isso implica. Faço um balanço positivo, mas continuo a achar que é preciso crescer e evoluir todos os dias. Tenho de continuar a trabalhar porque o mercado é exigente.

Mesmo assim tem conseguido levar o seu nome além-fronteiras.
Felizmente. Já toquei em vários países e consegui isso através de algumas agências internacionais, às quais estou associado, e também através de contactos que tenho feito. Faço questão de participar todos os anos na Conferência de Música de Miami, onde são apresentadas e lançadas novas músicas. É também onde estão as marcas e os grandes DJs. Basicamente, é onde tudo acontece e isso facilita os contactos.

Quais as dificuldades que tem enfrentado para se afirmar neste mundo?
Há algumas dificuldades, claro, mas prefiro acreditar que surgem para me fortalecer. O céu é o limite para qualquer pessoa e tudo tem estado a correr bem.

Quando é que sentiu que quereria seguir uma carreira profissional ligada à música?
Não sei quando foi, sei apenas que sempre senti aquele “bichinho”. Nasceu comigo. Desde pequeno que compro compilações. Já nessa altura era eu que obrigava os meus pais a ouvirem a minha música, em vez de ser eu a ouvir a deles. Fazíamos viagens inteiras a ouvir house music. Eles não gostavam muito (risos).

Mesmo assim faziam-lhe a vontade.
Agora, a minha família é o meu maior apoio, sem dúvida. Porém, no início eles não aceitaram bem a minha decisão e não viram com bons olhos a ideia de eu ser DJ. Sei que não foi a melhor notícia que lhes dei. Tenho noção disso. Com o passar dos anos perceberam que esta é uma profissão séria.

Vivendo da música, aprecia o silêncio?
Não, não gosto nada de silêncio (risos). Mas nem sempre estou em contacto com a minha música ou com o meu estilo de música. No carro, por exemplo, gosto de ouvir rádio. E aprecio muito outro tipo de sonoridades, como a música do Nepal ou dos Himalaias. São boas para momentos introspetivos.

Até onde pretende progredir na carreira?
Costumo dizer que o céu é o limite para qualquer pessoa. Felizmente até agora tudo me tem corrido bem.

Texto: Micaela Neves; Fotos: Paulo Lopes; Produção: Zita Lopes; Maquilhagem: Ana Coelho, com Produtos Maybelline e L´Oréal Professionel

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