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“É aqui em Portugal que me sinto em casa”

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ALINE HALL saiu do Brasil aos sete anos e é a candidata pelo PPM nas próximas eleições legislativas
Apesar do sotaque gaúcho só se notar quando quer, Aline Gallasch Hall nasceu em Porto Alegre, no Brasil, “não importa em que ano”, diz, e veio para Portugal ainda criança. Mesmo não tendo nascido cá, garante que se sente mais portuguesa do que brasileira.

Sáb, 28/05/2011 - 23:00

 

Apesar do sotaque gaúcho só se notar quando quer, Aline Gallasch Hall nasceu em Porto Alegre, no Brasil, “não importa em que ano”, diz, e veio para Portugal ainda criança. Mesmo não tendo nascido cá, garante que se sente mais portuguesa do que brasileira. “Costumo dizer que ‘gato que nasce no forno não é biscoito, é gato’”, brinca. “Adoro o Brasil, no fundo também é uma espécie de pátria, mas identifico-me muito mais com Portugal. Vim quando tinha sete anos… é cá que me sinto em casa."

 

Com uma licenciatura em História de Arte, um mestrado e a três meses de terminar um doutoramento, Aline divide o seu tempo entre o curso, a política e a família. A vida amorosa é que tem ficado para segundo plano. Diz que já esteve para casar, “mas depois vi a luz” e revela que tem uma paixão impossível: “Mozart é o grande amor da minha vida. Só tem um defeito, ter morrido em 1791. Posso dizer que sei o que é um amor platónico.”

 

Paixão mais recente, mas não menos efusiva, é a política, onde entrou pela mão do amigo Frederico Duarte de Carvalho, que é militante do Partido Popular Monárquico. “Sempre fui monárquica e decidi tentar ajudar de alguma maneira, dando o meu contributo.” Cansada de ouvir promessas que depois não são cumpridas decidiu que não se ia lamentar. Pelo contrário, iria tentar ajudar a fazer uma mudança. “Assim que entramos na política essa mudança passa a ser um dever cívico”, defende. Quando se apercebeu, a política tinha-se tornado “numa componente muito importante" da sua vida. Hoje, concilia-a com a profissão de professora na Faculdade de Arquitectura.

 

Com eleições à porta, a principal preocupação são as legislativas, uma vez que é candidata do PPM por Lisboa. “É uma grande aventura. Tenho uma boa equipa, jovem, dinâmica e até mesmo independentes que, não sendo monárquicos, se revêem no nosso programa. Estamos a renovar os quadros, há imensa gente nova a entrar e isso é extraordinário”, diz. O grande problema, garante, para quem não entende a monarquia é o facto de a confundirem com absolutismo. “É exactamente a mesma coisa do que pensar que república é igual a ditadura. Convém desfazer esse mito que está na cabeça de muitos portugueses. Mas é muito difícil porque para trás estão 100 anos de propaganda republicana.”

 

Bem-disposta e com vontade de fazer a diferença, assegura que “o Partido Popular Monárquico está renovado” e que tem para oferecer “todas as soluções” para os males do País. “Medidas em relação à agricultura, às pescas, apoiar mais a ciência, produzir mais, apostar na cultura que é uma das nossas maiores riquezas e na ecologia.”

 

Caso Portugal voltasse a ser uma monarquia, Aline Hall revê-se em Duarte Pio, duque de Bragança. “Principalmente porque as pessoas já se identificam com ele. Tem feito um trabalho extraordinário, é uma figura muito acarinhada pelos portugueses”, diz, pedindo aos portugueses que ultrapassem a “barreira psicológica e ouçam o que o PPM tem para oferecer”.

 

Texto: Carla Simone Costa; Fotos: Bruno Peres; Produção: Romão Correia; Maquilhagem e cabelos: Ana Coelho com produtos Maybelline e L'Oréal Professionel 

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