A série da RTP1 sobre as “Doce“, derivada do filme “Bem Bom“, mereceu uma crítica cerrada por parte de Helena Coelho, que acusa a história escrita por Patrícia Sequeira de distorcer a realidade. “Há uma cena no aeroporto em que passa um indivíduo que diz qualquer coisa sobre o Reinaldo [Gomes, o jogador do Benfica envolvido num escândalo sexual com Laura Diogo] e a minha personagem começa aos gritos e a chamar-lhe ‘cab***’. Ora, eu não era assim”, disse a ex-Doce no programa do canal público “Cá por Casa“, de Herman José.
“Quanto muito, eu ia ter com esse indivíduo, agarrava-o pelo colarinho, olhava-o nos olhos e chamava-o de ‘cabr**’ na cara. Não era para o aeroporto ouvir. Não fazia aquela escandaleira. Nós tínhamos um comportamento digno”, acrescentou.
Já no Instagram, voltou à “guerra” que opõe a banda feminina dos anos 1980 a Ágata. Esta cantora, que não é retratada na trama, sentiu-se excluída da história e Lena Coelho, sem nunca mencionar o seu nome, chama-a de “pneu suplente”.
“As Doce eram um quarteto, acabaram em trio”
“Metaforicamente falando, as Doce foram um automóvel de luxo que, como todos os automóveis, têm um pneu suplente/sobresselente, pneu esse que só se utiliza quando um dos principais se avaria, sendo que assim que o pneu original é arranjado, volta ao porta bagagens”, inicia.
“No nosso caso, não voltámos a ter um dos pneus principais, por isso, as Doce, que eram um quarteto, acabaram em trio. Laura Diogo, Helena Coelho e Teresa Miguel foram os elementos originais do grupo que puseram fim ao mesmo. Juntas fizeram os últimos espectáculos e aparições televisivas. Juntas com o mesmo profissionalismo, a mesma força e dignidade de sempre e sempre com a Fá [Fátima Padinha] no coração!”, termina.
Ágata, que nessa época dava pelo seu nome de batismo, Fernanda, integrou o grupo em 1985, um ano antes deste chegar ao fim, para substituir Lena Coelho, que estava grávida. Acabou por ficar nas Doce quando Fátima Padinha abandonou a banda.
À NOVA GENTE, Ágata mostrou a sua revolta quando o filme “Bem Bom” foi anunciado, no início do ano passado. “Se é sobre o grupo, devia ser do princípio ao fim. E não é. Eu fiz parte das Doce e não sou retratada no filme, por isso acho que está incompleto”, disse a artista. “Eu tenho muitas histórias para contar e elas não devem querer que eu fale. Devem ter tido receio que eu contasse o que se passava nos bastidores”, atirou.
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Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Arquivo Impala e redes sociais
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