Luís Figo
Diz que não se candidata à presidência da FIFA por dinheiro ou mediatismo

Já passaram seis anos desde que Luís Figo decidiu pendurar as chuteiras e colocar um ponto final numa brilhante carreira. Agora, e aos 42 anos, aquele que ainda é o jogador português que mais vezes vestiu a camisola da seleção nacional enfrenta um dos maiores desafios desportivos da sua vida. E, como não podia deixar de ser, está relacionado com o desporto-rei. “Estou encantado por anunciar a minha candidatura à presidência da FIFA. O futebol deu-me tanta coisa durante a vida que agora quero devolver-lhe algo”, partilhou Luís Figo nas redes sociais. “Devo ao futebol o que sou e sinto que chegou a hora de retribuir tudo o que recebi ao longo de tantos e tantos anos”, explica no vídeo onde dá a conhecer a sua candidatura.

 

Aquele que foi considerado o melhor jogador do Mundo em 2001 considera que falta transparência à FIFA. “Gosto de futebol e o que vejo sobre a imagem da FIFA, não agora, mas nos últimos anos, não gosto”, referiu em entrevista à CNN. Luís Figo garante ainda que não se candidata por dinheiro ou reconhecimento público. “Tive uma carreira fantástica, estou muito orgulhoso de ter jogado muito anos a um nível elevado. Não preciso deste tipo de publicidade para ser conhecido. Não estou a ser pago. Consigo pagar as minhas viagens e despesas”, garante na mesma entrevista.

 

Esta candidatura, que estava a ser preparada há quatro meses, não seria possível sem o apoio de Helen Svedin, a mulher do ex-jogador e um dos seus pilares. Luís Figo conta com o apoio da Federação Portuguesa de Futebol e de mais outras quatro (como mandam os regulamentos) e tem como opositores Joseph Blatter, o homem que preside a FIFA desde 1998, o francês Jerôme Champagne, o príncipe da Jordânia Ali Bin Al-Hussein e o holandês Michael van Praag. As eleições decorrem no dia 29 de maio. 

 

Texto: Bruno Seruca; Foto: Impala