Esta quarta-feira, Diogo Piçarra foi novamente acusado de plágio. Em causa está a música «Meu é Teu», lançada em outubro de 2015. De acordo com um vídeo publicado no Vimeo, esta canção tem muitas semelhanças com a música «Falling Slowly».
«Há um plágio muito grave que o Diogo Piçarra fez há alguns anos e tem sido silenciado ou ignorado pela indústria musical portuguesa desde sempre o que me tem incomodado bastante. Aproveito agora esta chamada de atenção para a sua falta de originalidade que surgiu da sua participação do festival da canção para falar disto.
O Diogo Piçarra teve a coragem de fazer um plágio em 2015 de uma música chamada «Falling Slowly – Glen Hansard e Marketa Iglova». Essa música Irlandesa fez parte do filme Once – um romance musical, estreado em 2008 que ganhou um óscar de melhor canção original», escreve Júlio Nobre, autor da seguinte montagem:
O nosso site entrou em contacto com João Carlos Callixto que, após ouvir as duas músicas, afirmou: «Não tem nada a ver».
«Podem haver parecenças pontuais. Percebei por que é que alguém pode ter falado em plágio. Mas não é plágio», garante o investigador musical. «Não faz de facto qualquer sentido falar em plágio. A linha melódica é outra, mesmo sendo a base uma adaptação do «Falling Slowly», acrescentou.
A agência de Diogo Piçarra acrescenta que a canção «Meu é Teu» está registada na Sociedade Portuguesa de Autores como uma «adaptação, com a referência aos autores iniciais». Seguidamente, a Universal referiu: «Não temos mais nada a declarar».
Oiça a música Meu é Teu:
Oiça a música Falling Slowly:
A polémica do Festival da Canção
Esta é a segunda vez que Diogo Piçarra vê o seu nome envolvido num alegado caso de plágio.
O músico, de 27 anos, era considerado favorito à vitória do Festival RTP da Canção com «Canção do Fim». Contudo, após instalar-se a polémica relacionada com um tema da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), o cantor desistiu.
Porém, alguns especialistas da área já vieram discordar da atitude do intérprete. Ao site da N-TV, Luís Jardim afirmou:
«O Diogo Piçarra fez mal em desistir. Ao tomar esta decisão, por mais racional que ela tenha sido, ele está a assumir uma coisa que não fez. A canção que ele levou ao Festival não é um plágio».
O maestro Vitorino de Almeida também analisou a música do Festival da Canção e referiu ao Diário de Notícias:
«A música é muito simples, é elementar e nestes casos é mais fácil acontecerem plágios. Mas felicito o músico por nunca ter ouvido um cântico da IURD».