Diogo Morgado é atualmente um dos atores mais reconhecidos do panorama nacional. Mas para aqui chegar usou um truque que mantinha em segredo: «Mentia na idade!»
Sáb, 04/05/2019 - 15:41
Diogo Morgado foi o último entrevistado de Fátima Lopes, no programa Conta-me como És, da TVI. O ator, de 38 anos, falou do início da sua carreira, quando mentiu na idade para ser «levado mais a sério», e sobre o percurso profissional além-fronteiras.
A carreira de Diogo Morgado começou pela mão de um homem que nunca vai esquecer. «Se eu estou a fazer isto, é porque acho que vales a pena». Esta foi a frase dita ao ator por Armando Cortez quando, em 1997, Diogo Morgado teve o seu primeiro trabalho como intérprete. «Quando me sinto um bocadinho abanado, lembro-me disso», contou. «Acredito que ele ainda toma conta de mim», frisa, lembrando o marido de Manuela Maria, que perdeu subitamente vida em 2002, vítima de complicações cardíacas.
Diogo chegou ao mundo da representação «de para-quedas», depois de uma primeira experiência, incentivado por um amigo e para «ganhar uns trocos», no universo da moda. Começou aos «14 ou 15 anos», garante, admitindo que, nessa altura, «mentia na idade». «Era alto e queria ser levado mais a sério», justifica.
Os primeiros tempos, revela, não foram fáceis, nomeadamente quando se estreou em televisão, corria o ano de 1997. Diogo «pensava que ia fazer figuração» na novela Terra Mãe, que assinalou também a estreia do argumentista Rui Vilhena. Acabou por ter «imensas falas», o que o fez «chorar» várias vezes. «Não era o meu mundo, era normal!».
Hoje, aos 38 anos, é um dos atores mais bem-sucedidos, nacional e internacionalmente. Um dos primeiros êxitos foi o filme Amo-te Teresa, de 2000, realizado por Ricardo Espírito Santo e no qual contracenou com Ana Padrão.
Durante a entrevista, Fátima Lopes acabou por confessar que fez o casting. «Uma alminha da SIC disse que achava que eu devia ir, e eu fui. Podia ter sido a tua contracena», ri-se a apresentadora da TVI.
Seguiram-se vários sucessos, entre eles Son of God, filme – posteriormente transformado em série – norte-americano de 2014 que o levou a ser apelidado por Oprah Winfrey como «hot Jesus». «O que isso me trouxe foi perceber a importância das coisas. Para que é que eu quero ser protagonista de um filme internacional? Isso é só eco. Se sou protagonista em Portugal, o que significa sê-lo lá fora? Ou dinheiro ou ego», termina, acrescentando que não tem «ambição» em ser «um ator planetariamente conhecido» e que não é ator «por dinheiro».
Atualmente, Diogo Morgado pode ser visto nas salas de cinema nacionais com Solum, que realiza e protagoniza.
Texto: Ana Filipe Silveira com redação Win; Fotos: Impala
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