Diogo Martins
Comove-se ao falar da morte da mãe: “Faz-me falta todos os dias”

Nacional

Diogo Martins foi o convidado de Daniel Oliveira, no programa “Alta Definição”, da SIC, este sábado, 12 de março. O ator falou do amor pelos avós e das saudades eternas da mãe.

Dom, 13/03/2022 - 15:00

Diogo Martins foi o convidado especial de Daniel Oliveira, no “Alta Definição”,este sábado, 12 de março. O ator, de 30 anos, abriu o coração e falou do lado mais privado da sua vida.

No início da entrevista, Diogo Martins começou por revelar que, com apenas 21 anos, foi viver com os avós com o intuito de cuidar do avô que estava doente para que a avó “não suportasse tudo e pudesse viver com alguma paz”. Diogo Martins confessa que, para si, cuidar dos avós foi “uma forma de retribuir” aquilo que eles fizeram por si. “É a forma mais bonita de se poder viver. Aprendi a amar”, conta. “Não o faço a esperar que um dia me cuidem”, acrecenta ainda.

O ator considera que, se não ajudarmos o próximo, a vida não tem sentido. “Se não o fizeres não tens um propósito de vida, estás aqui sá a pensar em ti!”, diz. O avô de Diogo Martins morreu em 2015, poucos dias depois de regressar à televisão e começar a gravar “Coração de Ouro”, na SIC.

Diogo Martins dala da morte da mãe, que aconteceu em dezembro de 2018

Após a morte do avô, Diogo Martins recordou a maior perda sua vida: a da mãe, em dezembro de 2018. “O pior até hoje foi ter que encarar a vida com a ausência da minha mãe. Apesar de tudo, tenho a sorte de ter tido uma mãe como ela, no entanto foi muito precoce. Ainda precisava dela e preciso. Lidar com essa ausencia foi o pior que a vida me deu. Mas tudo tem um propósito, é aceitar da melhor forma possível”, diz.

“O sofrimento faz parte, mas temos de o atenuar para conseguirmos ser felizes. Todos os dias penso nela. Faz-me falta todos os dias, mas nos momentos mais dificeis é quando precisas que ela estivesse do meu lado. Mostrou-me sempre o melhor, esteve sempre comigo, é um apoio que sei que nunca mais vou ter na vida”, explica.

“Sonhas com ela?”, perguntou Daniel Oliveira. “Ao início sonhava, sonhei sempre que estava viva. Agora não tem acontecido, é importante para a pessoa que parte nao ter essa preocupação. Quero também deixá-la tranquila, quero que ela não se sinta preocupada. Quero que ela consiga estar em pleno descanso”, adianta, emocionado.

Diogo Martins fica de lágrimas nos olhos e revela ainda que há “uma coisa” que faz, que considera não ser “saudável”. “Eu fiz uma cosia que não sei se é assim tão saudável. Não consegui abrir mais nenhuma mensagem dela, ver fotos dela. Quero imaginar que ela ainda continua cá. Ver mensagens e ter a certeza que ela não e vai responder… prefiro manter isso sempre mais de parte, até ao dia que consiga ter essa coragem.”

Relativamente a vídeos e mensagens de voz que recebia da mãe, o ator explica por que não consegue vê-los. “A primeira coisa que acabei por me esquecer com mais facilidade foi da voz dela. Ainda não estou preparado para esse choque. Um dia mais tarde, quando achar que é a altura certa, vou fazê-lo.”

O maior apoio de Diogo foi sempre o irmão mais velho e os sobrinhos.

 

Diogo Martins fala da falta que a mãe lhe faz: “O tempo deixa essa saudade permanente”

De seguida, Daniel Oliveira quis saber do que o ator tem mais saudades. A resposta foi imediata. “Do abraço dela. Foi a coisa que eu menos esqueci. O cheiro, o abraço, o beijo. O conforto, poder estar nos braços dela da forma mais despida possível, que ela me ajude a enfrentar os problemas. É o que me faz mais falta, ouvi-la, ouvir as opiniões que ela tem. Até mesmo discutir com ela. Tudo me faz falta e vai continuar a fazer. O tempo deixa essa saudade permanente, não se consegue colmatar com ninguém.”

Diogo Martins estava a gravar “Alma e Coração”, na SIC, quando soube da morte da mãe. “O meu irmão sempre teve a consciência que a qualquer momento isto podia acontecer. A minha mãe não se cuidava, tinha problemas de saúde”, conta.

O que acaba por tranquilizar o rosto das telenovelas portuguesas foi ter estado com a mãe, dois dias antes de esta falecer. “Pude despedir-me dela sem saber que me estava a despedir. De certa forma, deixou-me mais tranquilo. Demos um abraço nesse dia, davamos sempre, sempre que nos viamos.”

Diogo Martins voltou a trabalhar pouco tempo depois e garante que “a equipa foi incansável”.

Após a perda da progenitora, Diogo Martins voltou a viver com o pai, que vivia sozinho com a mãe. “Teria de estar com ele nesse momento”, remata.

Veja ainda aqui o momento em que Diogo Martins fala pela primeira vez sobre o namoro com Aurea.

Texto: Joana Dantas Rebelo; Fotos: redes sociais 

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