Diogo Infante deu uma entrevista a Júlia Pinheiro, na SIC, e recordou o pai, que só conheceu já em adulto, e contou episódio especial com Teresa Guilherme.
Sáb, 09/07/2022 - 17:30
Diogo Infante foi o convidado de Júlia Pinheiro, no programa da tarde da SIC, nesta quinta-feira, 7 de julho, e falou do pai, que só conheceu quando tinha 34 anos. Esta história já tinha sido tornada pública pelo ator, mas o que até agora não se sabia é que Teresa Guilherme foi uma peça fundamental para este reencontro.
Em conversa com a apresentadora, Diogo Infante contou que tinha nascido fruto de um amor de verão e que sempre viveu com a mãe e com a avó materna, nunca tendo conhecido o progenitor. “Na altura, talvez poucos anos antes de conhecer o meu pai, falei com a Teresa Guilherme. Contei-lhe. Trabalhamos juntos e eu contei a história, e ela disse: ‘Tens a oportunidade única de viver uma coisa que a maior parte das pessoas não pode. Tens a possibilidade de conhecer um pai. Não percas isso’“, recordou o ator, de 55 anos. “E depois, quando finalmente o conheci, liguei-lhe. De facto, correu muito bem. Acho que ela ficou feliz por mim”.
Para Diogo Infante, a ausência do pai ao longo da sua vida não foi um drama. “Nunca foi um trauma. Cresci sem pai e sem o conhecer. A minha mãe contou-me o que sabia, o que se lembrava. Foi um caso amoroso de verão que deu nisto. Ele é inglês, tinha 19 anos, voltou para a terra dele e a minha mãe, que era mais velha, na altura tinha 26, decidiu assumir este filho“, contou. “Ela tinha tido uma filha que perdeu, bebé ainda, e portanto tinha a mágoa de não ter um filho. E quando isto aconteceu, já muito emancipada na altura, muito à frente do seu tempo, ela disse ‘assumo esta criança’. Só aos 34 anos é que decidi que estava na altura de ir conhecê-lo. Primeiro fui à procura dele, isto é como novela, a sério, lá o encontrei através de vários contatos”, acrescentou.
O ator contou ainda a Júlia Pinheiro que ficou agradavelmente surpreendido quando conheceu o pai. “Ele é muito simpático. Quando o abordei, ficou surpreendido por um lado, mas não tanto como eu estaria à espera, porque ele sabia, nunca fez nada por isso, mas a verdade é que me recebeu de braços abertos, ele e a família dele. Tudo aquilo foi um processo feliz”, recordou, revelando que em um irmão e sobrinhos do lado paterno: “Não somos chegados, mas fui ao casamento dele, conheci primos, conheci tias, conheci a minha avó paterna, que entretanto já faleceu”.
Diogo Infante recordou ainda as palavras do pai quando se conheceram e que nunca mais esqueceu: “Ele disse ‘se calhar não posso ser um pai, mas se calhar posso ser o teu amigo’. Hoje somos amigos, falamos todos os meses, ele vive no Algarve, e hoje sou mais pai dele do que ele meu”.
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