Defesa de Cristiano Ronaldo esclarece contrato
«Esse acordo não representa de modo algum uma confissão de culpa»

Nacional

Advogado de Cristiano Ronaldo emite comunicado sobre a acusação de alegada violação por parte de uma mulher norte-americana. Peter S. Christiansen esclarece o que levou o futebolista a assinar acordo

Qua, 10/10/2018 - 16:42

Peter S. Christiansen, o advogado que vai defender Cristiano Ronaldo da acusação de Kathryn Mayorga, emitiu um comunicado sobre o polémico caso.

No documento, é explicado o que levou CR7 a assinar um acordo com a norte-americana. Peter S. Christiansen defende que tal não se trata de uma confissão de culpa e esclarece que o futebolista «se limitou a seguir o conselho dos seus assessores no sentido de pôr termo às acusações ultrajantes feitas contra ele».

Peter S. Christiansen escreve ainda que o madeirense nega veementemente mais uma vez todas as acusações. 

Leia aqui o comunicado na íntegra:

«Fui contratado para representar Cristiano Ronaldo na sequência de uma recente ação cível baseada em eventos supostamente ocorridos em 2009, e que culminaram com a celebração de um acordo, mediante o qual as partes renunciaram a quaisquer outros direitos. Atento o incumprimento desse acordo pela outra parte, bem como as acusações inflamadas que se foram sucedendo nos dias seguintes, Cristiano Ronaldo vê-se forçado a quebrar o silêncio, sendo certo que o dito acordo lhe autoriza uma “reação proporcional” em caso de violação pela contraparte.

Para que não subsistam dúvidas: Cristiano Ronaldo nega veementemente todas as acusações constantes da referida acção cível, em coerência com o que tem feito nos últimos 9 anos.

Os documentos que supostamente contêm declarações do Sr. Ronaldo e foram reproduzidos nos media são puras invenções.

Em 2015, dezenas de entidades (incluindo sociedades de advogados) em diferentes partes da Europa foram atacadas e os seus dados eletrónicos roubados por um criminoso cibernético.

Esse hacker tentou vender tal informação, e um meio de comunicação acabou irresponsavelmente por publicar alguns dos documentos roubados, partes significativas dos quais foram alteradas e/ou completamente fabricadas. Uma vez mais, para que não haja dúvidas, a posição de Cristiano Ronaldo sempre foi, e continua a ser, a de que o que aconteceu em 2009 em Las Vegas foi completamente consensual.

Cristiano Ronaldo não nega que aceitou celebrar um acordo, mas as razões que o levaram a fazê-lo estão, no mínimo, a ser distorcidas. Esse acordo não representa de modo algum uma confissão de culpa. O que aconteceu foi simplesmente que Cristiano Ronaldo se limitou a seguir o conselho dos seus assessores no sentido de pôr termo às acusações ultrajantes feitas contra ele, a fim justamente de evitar então tentativas, como aquelas a que estamos a assistir agora, de destruição de uma reputação construída graças a um trabalho intenso, capacidade atlética e correcção de comportamento. Infelizmente, vê-se agora envolvido no tipo de litigiosidade que é muito comum nos Estados Unidos.

Embora Cristiano Ronaldo esteja acostumado a ser objeto da atenção dos media, inerente à circunstância de ser uma pessoa famosa, é absolutamente deplorável que meios de comunicação continuem a propagar e a estimular uma campanha intencional de difamação baseada em documentos digitais roubados e facilmente manipuláveis.

Cristiano Ronaldo mandatou os seus advogados nos Estados Unidos e na Europa para se ocuparem de todos os aspetos legais e manifesta plena confiança em que a verdade prevalecerá, não obstante o corrupio de contrainformação, e em que as leis de Nevada serão aplicadas e respeitadas.»  

 

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Fotos: Reprodução Redes Sociais e Impala

 

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