Dani Alves
Mulher volta atrás, nega divórcio e apoio à vítima

Internacional

A mulher de Dani Alves, a modelo Joana Sanz, voltou às redes sociais para desmentir as notícias que dão conta de ter pedido o divórcio e de ter acreditado na jovem que acusa o futebolista de violação.

Qua, 01/02/2023 - 14:30

Detido desde o dia 20 de janeiro por suspeitas de ver violado uma jovem de 23 anos numa discoteca em Barcelona a 30 de dezembro, Dani Alves ainda conta com o apoio da mulher, Joana Sanz. Pelo menos, foi isso que a modelo transmitiu esta terça-feira na sua página de Instagram.

Depois de nos últimos dias a imprensa espanhola ter revelado que Joana Sanz teria pedido o divórcio, a modelo espanhola fez questão de desmentir tudo. “Está claro que se não tens notícias, inventas”, começou por escrever, ao publicar excertos de uma publicação do canal Telecinco.

“Quero deixar claro que as informações recentes sobre as coisas que eu disse são totalmente falsas. Não entrei em contacto com nenhum meio de comunicação ou jornalista em concreto. Quando tiver algo a dizer, eu, Joana Sanz, fá-lo-ei através de um comunicado nas minhas redes sociais. Tudo o resto é especulação”, escreveu, acrescente que agradece “a preocupação, mas neste momento há um processo um curso”.

A modelo disse ainda ser “falso” que tenha acreditado na versão da alegada vítima da agressão sexual. No entanto, recentemente, apagou as fotografias que tinha ao lado do antigo jogador do Barcelona do Instagram.

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Joana Sanz e Dani Alves começaram a namorar em 2015 e, no ano seguinte anunciaram o noivado. Em 2017 trocaram alianças, em Formentera.

 

 

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Advogados de Dani Alves tentam nova defesa

Entretanto, o jornal El Periódico divulgou novos dados do processo. De acordo com a publicação, os advogados de Dani Alves defendem que os vídeos captados pelas câmaras da discoteca contrariam a versão da mulher, e provam que esta não estava sob um clima de “medo ou terror” antes da alegada violação.

Sem preservativo

Dani Alves não terá usado preservativo durante a alegada violação. Quem o garante é a advogada da alegada vítima, Ester García López.

“Ela está a receber apoio psicológico através de uma entidade pública especializada em tratar vítimas de violência. O hospital prescreveu todo um tratamento dirigido a evitar qualquer tipo de doença infecto-contagiosa, porque não foi utilizado nenhum preservativo. Ela também está a fazer tratamento para poder dormir, mas disse-me que não consegue fazê-lo”, começou por dizer Ester García López, ao UOL.

A advogada está confiante na vitória neste processo, até porque a vítima saiu da discoteca diretamente para o hospital, procedendo de imediato à queixa. “Por sorte, ela saiu da discoteca de ambulância e foi diretamente para a Unidade Central de Agressão Sexual. Ao contrário do que acontece com a maior parte das vítimas de violência sexual que, por nojo, lavam as suas roupas íntimas, ela nem teve tempo de pensar nisso. Foi rapidamente atendida enquanto os indícios permaneciam lá”, explicou.

“Deu um depoimento conciso, sem qualquer contradição, e isso é muito raro. Muitas mulheres sofrem de stress pós-traumático e esquecem-se de detalhes, mas isso não invalida a verdade. No caso dela, isso não aconteceu. Lembrava-se de tudo do início ao fim. Isso, juntamente com a possibilidade de fuga por parte do senhor Alves, que tem uma condição financeira favorável e dupla nacionalidade, foram determinantes para a prisão”, considerou.

Dani Alves dá versões diferentes da história

De acordo com o ‘El Mundo‘ houve um pormenor crucial para a detenção de Dani Alves. A alegada vítima da violação referiu-se à tatuagem de uma meia-lua na parte inferior do abdómen do futebolista. A isso juntou-se também um discurso incoerente por parte de Dani Alves. Além disso, as câmaras de videovigilância da discoteca apanharam o jogador a trancar-se numa casa de banho com uma jovem durante quinze minutos.

O ‘La Vanguardia’ revelou o depoimento chocante da jovem. “Puxou a minha cabeça até ao pénis. Eu resisti, mas ele era muito mais forte. Disse-me que eu era a sua p…“. A versão do futebolista é bem diferente. Diz que estava sentado na sanita, quando a jovem entrou na casa de banho e se sentou ao seu colo, garantindo estar sempre vestido. Mais tarde, depois da jovem ter descrito pormenorizadamente a tatuagem, Dani Alves alterou o seu discurso e revelou que se levantou.

A juíza responsável pelo caso também questionou sobre os rendimentos do jogador. Este afirmou que recebia 30 mil euros por mês no Pumas. A magistrada corrigiu para 300 mil e decidiu colocá-lo em prisão preventiva. Entretanto, deixou a ligação ao clube mexicano depois do caso.

Dani Alves já deu três versões da história, o que o tem comprometido. Primeiro garantiu que não conhecia a vítima, depois assumiu que a conheceu nessa noite, a 30 de dezembro, e mais tarde acabou por confessar que teve relações sexuais consentidas.

Texto: Vânia Nunes; Fotos: Redes sociais

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