O capitão da equipa das ‘quinas’ ainda não se tinha manifestado depois da entrevista dada recentemente, em que ‘arrasou’ o Manchester United e o treinador Erik ten Hag, tendo hoje deixado claro que o ‘timing’ “não vai abalar” Portugal. “O ‘timing’ é sempre o ‘timing’. Para vocês é fácil opinar, escrever. Não tenho de pensar no que outros pensam. Tenho a certeza absoluta de que não vai influenciar o desempenho da seleção e não serão influenciados pelo que os outros dizem ou escrevem. O grupo está blindado, é um grupo unido, todos querem jogar. Não vai abalar nada”, garantiu Cristiano Ronaldo, em conferência de imprensa.
Além da polémica entrevista a um meio de comunicação britânico, divulgada na passada semana, o jogador do Manchester United comentou os rumores que davam contam de uma eventual má relação com Bruno Fernandes, colega de equipa nos ‘red devils’, e mais tarde com João Cancelo. “Sei que as pessoas gostam de mim e não é com um leque de críticas que me deitam abaixo. Nestas fases finais há sempre momentos, polémicas. Foi a brincadeira com o Bruno [na chegada à seleção], também a situação com o Cancelo, que estava em baixo pelo lance com o [João] Félix no treino. Foi mais uma polémica, mas já estou habituado”, lamentou.
“Sei que as pessoas gostam de mim e não é com um leque de críticas que me deitam abaixo”
Para encerrar o tema, o avançado luso, de 37 anos, pediu que não coloquem mais questões sobre si aos atletas que surgirem nas conferências de imprensa da seleção portuguesa. “Tudo o que é do Cristiano envolve debate. O ambiente na seleção é excelente e estamos de corpo e alma aqui. Mesmo os próximos jogadores que vierem à seleção não lhes perguntem pelo Cristiano. Falem da competição, sobre eles, não sobre o Cristiano. Se fosse comigo e me perguntassem constantemente sobre outro jogador, também não iria gostar”, apelou. Por fim, rejeitou a ideia de ter que demonstrar algo mais no Mundial no Qatar, embora confesse que o torneio organizado no Médio Oriente será a “competição mais importante”. “Se, com 37 anos e oito meses, tivesse de demonstrar algo, depois do que já fiz, seria uma surpresa para mim. O Mundial é a competição mais importante, mas, se não ganhasse mais nenhum troféu até ao fim da carreira, estaria orgulhoso do que fiz. Não me falta nada, tive muito mais do que esperava na carreira”, concluiu.
Cristiano Ronaldo tem “feeling” de que Portugal pode ser campeão
O avançado Cristiano Ronaldo disse hoje ter um “feeling” de que a seleção portuguesa de futebol pode vencer o Mundial2022 e confessou que isso seria “mágico”, ainda que admitindo que “nestas competições há que começar com calma”. “Acredito que a nossa seleção tem um potencial enorme. Quanto a ganhar, veremos. Acredito que sim, tenho esse ‘feeling’, essa esperança, mas nestas competições há que começar com calma, pensar primeiro no grupo, no jogo com o Gana, que é o mais difícil, por ser o primeiro. A partir daí, é ir devagarinho”, afirmou em conferência de imprensa.
O capitão da seleção nacional falou aos jornalistas no centro de treinos do Al-Shahaniya SC, nos arredores de Doha, onde confessou que é “um sonho” vencer um Mundial e assegurou que Portugal está no Qatar com esse objetivo em mente. “Seria mágico, um sonho. Ganhar um Mundial seria um sonho e estamos aqui para alcançar esse objetivo. Todos estão aqui para alcançar esse objetivo”, vincou. Ainda assim, admitiu que há um lote de favoritos: “Brasil, Argentina, França, Alemanha são aquelas seleções que costumam ter mais probabilidades, aquela pontinha de favoritismo para todo o mundo. No entanto, em 2016 [no Europeu], ninguém dava nada por Portugal e ganhámos. Pode haver surpresa e espero que assim seja desta vez também”.
“Ganhar um Mundial seria um sonho e estamos aqui para alcançar esse objetivo”
Apesar de um pequeno problema sentido no arranque da preparação para a competição, Ronaldo disse já estar “recuperado e preparado para começar o Mundial da melhor maneira” e ajudar a equipa das ‘quinas’ a vencer o Gana, na estreia no Grupo H da competição, na quinta-feira. O avançado do Manchester United, de 37 anos, vai participar pela quinta vez num Campeonato do Mundo, depois de 2006, 2010, 2014 e 2018, tendo atravessado, pelo menos, três gerações da seleção nacional. Contudo, recusou-se a fazer comparações e salientou que “a melhor geração é sempre aquela que ganha”.
“Esta geração é muito boa, tem um potencial enorme, é uma seleção jovem, uma mistura com mais velhos. Vai ser bonito de ver. A exigência é muito grande. Para ganhar a competição, temos de ser os melhores. Nós acreditamos que somos os melhores, mas temos de mostrar isso em campo”, referiu. Sendo o quinto Campeonato do Mundo em que vai alinhar, Ronaldo fez questão de realçar que “os mundiais, e até mesmo os europeus, são marcantes, por tudo”. “Os mundiais são diferentes, o mundo pára para nos ver a jogar. São sempre memórias muito bonitas. As memórias são sempre boas”, expressou.
A estreia de Portugal no Grupo H está marcada para quinta-feira, diante do Gana, no Estádio 974, em Doha, antes de defrontar o Uruguai, em 28 novembro, e a Coreia do Sul, de Paulo Bento, em 02 de dezembro. A 22.ª edição do Campeonato do Mundo decorre até 18 de dezembro, no Qatar.
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