Uma jovem britânica, de 19 anos, morreu no hospital depois de ter tentado suicidar-se com medo de ficar «presa» na quarentena consequente da pandemia de coronavírus.
Emily Owen vivia em Norfolk, Reino Unido, com a família e já tinha deixado alguns indícios de que estava extremamente preocupada e desconfortável com a situação de isolamento social. «Morrerão mais pessoas de suicídio durante isto do que do próprio vírus», afirmou a jovem, em conversa com a família.
«Só alguns estavam cientes dos muitos anos de lutas internas que ela teve»
Emily não conseguiu lidar com o facto de se sentir «aprisionada» e tentou acabar com a própria vida. A notícia foi dada pela própria família que, através do Facebook, fez um apelo a todas as famílias para estarem atentas aos comportamentos dos ente-queridos e reforçou a necessidade de continuar a existir um acompanhamento diário especializado para aqueles que têm problemas mentais, como era o caso de Emily Owen, que tinha autismo.
«Estamos todos arrasados, mas também imensamente orgulhosos de tudo o que ela conseguiu fazer na sua vida. Recebemos mensagens de tantas pessoas a dizer que a Emily as ajudou nos seus momentos mais difíceis e não tínhamos ideia do impacto positivo que ela teve nas pessoas que a rodeavam», começou por escrever Annabel, a irmã mais velha da jovem, que morreu no domingo, 23 de março.
«A Emily era uma menina muito divertida, enérgica e feliz. Mas só algumas pessoas estavam cientes dos muitos anos de lutas internas que ela teve. Poucas pessoas estão conscientes, mas há quatro anos ela foi diagnosticada com autismo de alto funcionamento e teve uma batalha diária para se encaixar e se adequar às normas sociais», continuou.
«Emily estava muito preocupada com o próprio coronavírus, mas mais preocupada com o impacto do isolamento na saúde mental e com o medo do desconhecido», terminou.
Emily Owen inscreveu-se para ser doadora de órgãos aos 12 anos
A jovem britânica também foi recordada pelo bar King Arms, onde trabalhava.
«Estamos com o coração partido por não voltarmos a vê-la a passar as nossas portas como um furacão de energia e de ouvir a sua risada inconfundível. Ela era uma grande parte de nossa equipa e sentiremos muito a sua falta», lê-se na página de Facebook do espaço.
Emily Owen inscreveu-se como doadora de órgãos aos 12 anos e, por isso, a jovem vai poder salvar a vida a três crianças.
Texto: Mafalda Mourão; Fotos: Reprodução Instagram
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