Conta-me vai ter como entrevistado Sérgio Praia. A novidade foi adiantada pelo próprio entrevistador, Manuel Luís Goucha, nas redes sociais.
«Aí está: Sérgio Praia será o meu convidado no “Conta-me” do próximo sábado. Logo a seguir ao Jornal da Uma. Na TVI. Uma conversa inesquecível!», escreveu na fotografia em que surge ao lado do ator na praia.
A publicação tem gerado milhares de gostos e centenas de comentários. «Será no Furadouro? Donde é natural o Sérgio?», «Pensei logo quando vi a foto do Manuel na praia» e «Grande actor e grande apresentador. Deve ser na praia do Furadouro, onde o Sérgio cresceu», pode ler-se nos comentários.
Roubou o pai para sobreviver e dormiu na rua
Sérgio Praia foi o convidado de Manuel Luís Goucha do programa Você na TV! desta quinta-feira, 10 de setembro, e fez algumas revelações sobre o passado de sonhos que o fez abandonar a terra natal de Ovar, as dificuldades financeiras que o obrigaram a dormir na rua e ainda o afastamento da família.
O ator, que integra a nova novela da TVI Amar Demais, começou por falar sobre a infância marcada pelo ballet, dança que praticou durante cerca de quatro anos às escondidas da família, que nunca apoiou o sonho do ator de ser bailarino. «Ser bailarino na altura era associado a coisas menos boas para eles. Não era uma profissão de futuro boa para mim», começou por dizer.
Depois de descoberto pelos pais o sonho que escondia e praticava, Sérgio acabou por sair da dança e foi trabalhar para as obras, no Furadouro, acompanhando o progenitor. «Aos 13,14 anos eu já ajudava o meu pai nas obras. Era uma coisa que eu não gostava, que eu odiava, mas hoje em dia agradeço porque aquilo ajudou-me a construir o alicerce cá dentro. Eu só queria ir para a praia e poder dançar e estar com os meus amigos», contou.
Fugiu para o Porto para realizar sonho
O ator confidenciou ao apresentador não ter sido «um jovem muito feliz», que «só era feliz na praia» e que «estava completamente perdido» quando decidiu fugir para o Porto em busca de um sonho maior: o teatro.
«Eu vou para o Porto aos 16 anos, quando decidi abandonar tudo o que me prendia ao lado familiar para me pôr à prova. Para perceber se aquilo que eu realmente tinha cá dentro valia de alguma coisa, se chegava aos outros», afirmou.
«Eu dormi em sítios que acho que se pode imaginar»
Ao fugir de Ovar, Sérgio viu-se sem qualquer apoio familiar e sem grandes bases financeiras para começar uma nova vida no Porto, vendo-se obrigado a dormir na rua.
«Eu dormi em sítios que acho que se pode imaginar. Eu não tinha onde dormir na altura. A sorte é que eu tinha muita experiência nas obras, portanto eu conseguia entrar nas obras à noite sem ninguém me ver e ir lá dormir», confessou, dizendo que o pouco dinheiro que tinha foi roubado: «Na altura roubei dinheiro ao meu pai, levei uns 40 contos [200 euros], na altura que era muito dinheiro.»
Texto: Inês Borges; Fotos: DR
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