Constança Cunha e Sá, rosto da Informação da TVI até há cerca de um ano, veio a público deixar duras críticas ao espaço de comentário semanal protagonizado por Paulo Portas, antigo líder do CDS-PP, no “Jornal das 8”.
Foi por intermédio da rede social Twitter que a antiga editora de Política da estação de Queluz de Baixo condenou a forma como o centrista tem desempenhado o seu papel, particularmente no que concerne à avaliação da pandemia da COVID-19. “Quando é que a TVI percebe que o Paulo Portas não é médico, nem infecciologista e não tem preparação para ter um comentário semanal sobre vírus e vacinas? Uma coisa é todos nós termos umas coisinhas a dizer sobre a coisa, outra é esta fantochada semanal“, escreveu, numa altura em que Paulo Portas dava a cara por mais uma edição de “Global”.
“Além de ser muito orientadinho politicamente”, apontou, logo a seguir.
Menos de uma hora depois, Constança Cunha e Sá alargava a sua crítica a Luís Marques Mendes, que assina igualmente um espaço de comentário nas edições de domingo, mas do “Jornal da Noite”, da SIC, e questionou a falta de pluralidade política nas estações privadas.
“Ai Ai, agora é o Marques Mendes a fazer concorrência ao Portas. E, por falar nisso, como é que as duas televisões privadas têm como únicos comentadores, no canal generalista, um PSD que quer ser candidato a PR e um CDS que quer ser candidato a PR. É o domínio socialista, só pode!”, pode ler-se.
“Hei de voltar a este tema que diz mais dos canais de televisão do que dos candidatos”, prometeu ainda.
Há quase um ano, Constança Cunha e Sá deixava a TVI numa altura em que a empresa detida pelo canal estava prestes a ser comprada pela Cofina, um negócio que acabou por afundar meses depois.
Dias depois de a TV 7 Dias ter noticiado, em exclusivo, a sua saída, chegava a confirmação da mesma pela própria. “Devo um esclarecimento a todos os que me seguem ou não e que me apoiaram nestes últimos tempos. Saí da TVI, que durante muitos anos foi a minha casa, por uma questão de dignidade, saúde mental e higiene. Nunca acabaria a minha vida profissional a trabalhar para a Cofina. Lamento”, escreveu, isto apesar de, no passado, já ter sido cronista do jornal Correio da Manhã, detido por este grupo.
Texto: Dúlio Silva; Fotos: Arquivo Impala e reprodução TVI
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