Ricardo Pereira
Confessa que se sente muito feliz no Brasil

Famosos

“Queríamos muito ter um casalinho”

Qui, 23/01/2014 - 0:00

Anda sempre carregado de biberões e de bolsas com fraldas, está sempre a tropeçar nos brinquedos espalhados pela casa e já não consegue ser pontual quando combina encontros com os amigos. Porém, Ricardo Pereira garante que nunca se sentiu tão feliz.

Pai atento aos mínimos detalhes, aprendeu a ser ainda mais organizado para conseguir dar conta de todos os compromissos inerentes às gravações da novela Joia Rara e dividir a atenção com o “terrorista Vicente” e a “delicada Francisquinha”. E, claro, com a mulher, Francisca Pinto Ribeiro, a quem, carinhosamente, chama Chica. Encontrámos o ator num passeio em família, no Rio de Janeiro. Ricardo Pereira partilhou com a VIP as suas alegrias, ambições e desejos para este ano.

VIP – A sua personagem na novela Joia Rara, da Globo, o Fabrício, começa agora a ter mais importância na história, não é?
Ricardo Pereira – O amor que ele tem pela Lola (Letícia Spiller) ganha maiores proporções, porque as pessoas adoraram o casal. Passei as festas do final de ano em gravações, mas estou feliz com o resultado.

Como arranja tempo para os dois filhotes?
Com muita organização. Planeio sempre, no dia anterior, o que vou fazer hora a hora, em casa e no trabalho.

Como é ser pai de um menino e de uma menina?
Ele é muito traquina, é um pequeno “terrorista”, corre de um lado para o outro dentro de casa, bate com os carrinhos uns nos outros, atira os brinquedos ao chão… Mas isso é normal num rapaz. A menina, apesar de ter pouco mais de dois meses, já se percebe que é suave e delicada. Chora apenas quando quer comer, quando tem calor ou quando tem a fralda suja. Eu estou a aprender a ser pai de uma menina. E quero acreditar que ela vai ser o meu docinho e que eu vou ser o dela! Sei que ela nos vai proteger sempre. Tenho a impressão de que a nossa filha veio para nos proteger.

Com quem a acha mais parecida?
É muito parecida com o irmão quando ele tinha esta idade, mas já é possível ver que são muito diferentes no que diz respeito ao temperamento. Acho que ela é mais parecida comigo, a Chica também costuma dizer isso. E está a ser uma experiência muito boa termos uma menina, pois queríamos muito ter um casalinho. E tivemos. Agradeço a Deus todos os dias por isso. Sei que pensam ter mais filhos.

Preocupa-o as responsabilidades de ser pai? Costuma pensar nisso?
Sim, mas… Sabe, às vezes, estou em gravações e quando paro um bocadinho, penso: “Eu tenho a minha família! Que bom! E daqui a pouco vou estar em casa com eles!” Ao mesmo tempo, profissionalmente, estou onde queria estar. Essa coisa de misturar a vida pessoal com o trabalho não me assusta nem nunca me assustou. Pelo contrário, leva-me a ter mais calma e ponderação em relação àquilo que quero fazer.

Quando o Vicente nasceu, decidiram fazer a colheita das células do cordão umbilical. Repetiram a experiência com a Francisquinha?
Sim. Escolhemos uma empresa com muita experiência nessa área, a Future Health, que tem os laboratórios mais avançados do Mundo, porque achamos que, em caso de necessidade, é importante ter essas células preservadas, até porque a medicina está em constante evolução.

Aconselha os outros pais a fazerem o mesmo?
Sim, claro, se puderem, nem hesitem. É uma segurança para a vida e para a saúde de todos!

A que atribui o facto de vocês, como casal, terem-se adaptado tão rapidamente ao Brasil?
Acredito que todas as pessoas me mudam, porque descobri que todos têm algo para dar. E como esta é uma característica minha e da Francisca, penso que isso nos ajudou a arranjar amigos que partilham connosco as mesmas convicções. Gostamos de tirar da vida o que ela tiver de melhor, seja em que campo for. E o carioca é muito sociável: chega sozinho a qualquer lado e, daí a pouco, já tem um grupo de amigos. O facto de nós também sermos assim facilitou-nos tudo. Essa “leveza” dos cariocas e do Rio de Janeiro é fantástica para viver. Além disso, atualmente, muitos dos meus maiores amigos já não moram em Portugal. São médicos, atores, engenheiros, que saíram e hoje moram noutros países. Fazemos um jantar anual em Lisboa para nos encontrarmos.

O ano de 2014, no Brasil, vai girar em torno de futebol. O que é que o Campeonato do Mundo vai representar para si, tanto em termos de trabalho, como de vida?
Eu adoro futebol e estou ansioso pelos jogos. Gostaria, é claro, que Portugal chegasse à final, de preferência com o Brasil, e que ganhássemos o Campeonato do Mundo! Até porque o Brasil já ganhou cinco e nós nunca ganhámos nenhum. Chegou a altura de Portugal ver recompensada a atual geração de grandes jogadores portugueses. Uma coisa já será bom: estarei aqui, no Brasil, para torcer mais de perto. Vamos ver o que vai acontecer!

O que espera de 2014?
Estar junto daqueles que amo e ter muito trabalho! Vai ser, com certeza, mais um ano de trabalho, porque já tive convites para integrar diversos projetos. Quero também tirar uns dias de férias para estar com a minha família e descontrair. Em Portugal, esta minha fase profissional também continua muito boa. Até porque agora o meu programa E! vai passar num novo canal da SIC.

E voltar a Portugal? A minha vida trouxe-me até aqui e eu tenho de aproveitar isto e dar graças a Deus. É como se eu fosse um jogador de futebol que foi convidado para jogar numa das maiores equipas do Mundo, ao lado das maiores estrelas. E quero aproveitar e continuar a jogar, sempre. Porém, ao mesmo tempo, sinto saudades das grandes estrelas que jogam lá, pois há ainda muita coisa que eu gostaria de fazer em Portugal. Mas, para já, preciso de aproveitar esta boa fase. Às vezes, queria que o Brasil fosse um pouco mais perto de Portugal, mesmo que fosse um voo de três horas. Assim, eu poderia ir lá almoçar e voltar…

Texto: Mônica Soares; Fotos: Robson Moreira

Siga a Revista VIP no Instagram