Conceição Queiroz
Vive momento assustador: «Percebi que era sério, vi a morte»

Nacional

Conceição Queiroz conta episódio assustador que viveu recentemente no centro de Lisboa.

Sex, 14/02/2020 - 15:45

Conceição Queiroz viveu, tal como a revista Nova Gente avançou em primeira mão, momentos de terror ao ser assaltada por um grupo de dez jovens. Esta sexta-feira, dia 14 de fevereiro, a pivô da TVI relatou o episódio pelo qual passou no centro de Lisboa e que jamais esquecerá. 

Antes de começar a conversa com Manuel Luís Goucha e Maria Cerqueira Gomes, no Você na TV!, Conceição alertou logo: «É uma decisão que tomas em segundos e naquele instante. Ninguém pode dizer ‘eu faria isto ou aquilo’. Eu vi a morte instintivamente».

Tudo aconteceu na Avenida do Brasil. O carro de Conceição Queiroz tinha sido rebocado enquanto se encontrava numa conferência. «Eram quase 23h00» quando a jornalista se dirigiu ao local para onde o carro tinha sido levado. 

Já na Polícia Municipal, localizada em Alvalade, Conceição Queiroz não conseguiu pagar a multa para poder trazer o carro. «Quando chega ao momento de pagar, no sítio para onde o meu carro tinha sido rebocado, perto da Avenida do Brasil, dizem-me os agentes da Polícia Municipal que não podia levar o carro porque o meu cartão tinha expirado no dia anterior», explica. 

Sem cartão nem dinheiro, a pivô decidiu vir para a rua para apanhar um táxi. «Estou parada na estrada à espera que passe um táxi e, a certa altura, vejo um grupo a aproximar-se de vários miúdos.»

«Sabes o que é que nós podemos fazer contigo, não sabes?», disseram-lhe

Conceição Queiroz afirma que era um grupo de nove ou dez jovens, com idades entre os 14 e os 16 anos. «Eles aproximam-se e é quando começa a troca de palavras: ‘Tu és da televisão, tens dinheiro, dá-nos dinheiro’.»

A jornalista disse-lhe que só tinha «dez euros» e, aquilo que era um assalto, passou a ser também um momento de ofensas e ameaças. «Disseram-me de tudo. A certa altura disseram: ‘És tão gira, sabes o que é que nós podemos fazer contigo, não sabes?’», conta, ainda assustada. 

Ninguém passou na rua, ninguém se apercebeu da situação. Conceição estava completamente sozinha e sem ter a quem recorrer. «Percebi que era sério, vi a morte. O que me ocorreu foi fingir que estava armada. Aqueles miúdos tinham idade para ser meus filhos», explica.

«Vou metralhar-te todo»

Foi aí que teve a ideia de fingir estar armada. «Fiz um gesto brusco com a mochila que tinha às costas e transformei-me. Transformei-me e disse: ‘Mato-os a todos’, com a mão dentro da mochila.»

Conceição Queiroz chegou mesmo a ameaçar: «Vou metralhar-te todo». A fúria que tomou conta a jornalista acabou por assustar os assaltantes e, do grupo de dez, começaram quase todos a correr. «Eles assustaram-se e fugiram a correr sempre a olhar para trás, com medo que eu disparasse.»

Só um deles ficou para trás e aí o medo tomou novamente conta a pivô. «Ele tira do bolso uma coisa que para mim não era nada e transforma-se numa faca. É a chamada ponta e mola. Eu pensei: ‘Chegou o meu dia’.»

Apesar do receio, Conceição Queiroz manteve-se firme e nunca demonstrou o medo que estava a sentir. «Eu não dou um passo atrás. Dei dois passos em relação a ele e ele acabou por fugir.»

A jornalista também fugiu em direção à Polícia Municipal e, posteriormente, apresentou queixa. «Se olhar para um ou dois consigo reconhecer. (…) Eram todos brancos (…) é claro que não vou odiar os brancos porque fui atacada por brancos», conclui. 

Texto: Mariana de Almeida; Fotos: Impala e reprodução Instagram

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