Conceição Queiroz
«Se algum negro disser que não [é vítima de racismo], eu não acredito»

Nacional

Conceição Queiroz recorda o dia em que uma professora lhe disse que nunca iria ser ninguém na vida. A pivô confessa que esta atitude lhe deu força para seguir os seus sonhos

Qua, 15/07/2020 - 12:00

 

Natural de Moçambique, tinha 12 anos quando veio viver para Portugal. Conceição Queiroz, de 46 anos, completa este ano 25 anos de carreira. A pivô e grande repórter da TVI já foi distinguida com 18 prémios de jornalismo.

Em entrevista à revista VIP, a jornalista fala do racismo – um dos assuntos que está na ordem do dia – e dos seus projetos profissionais: uma curta-metragem e mais um livro que se prepara para lançar.

VIP – Recentemente, emocionou-se muito ao apresentar a reportagem sobre os protestos após a morte de George Floyd. Foi a primeira vez que isso aconteceu?

Conceição Queiroz – É verdade. Isso aconteceu, foi muito duro, mas não foi a primeira vez. Tinha acontecido o mesmo quando dei a notícia da morte de um colega que estava na TVI desde a fundação da estação e que me disse quando cheguei da rádio: “Não te assustes. Vais conseguir.”

Nem sempre é fácil controlar as emoções?

O jornalista não é uma máquina. Acredito que, para alguns, a questão ainda seja uma discussão, mas creio que acontece principalmente com quem não tem noção do que é estar em situações de limite. Alguém fica indiferente às guerras, à fome, à morte? A Chistiane Amanpour (referência do jornalismo) desconstrói muitíssimo bem estas temáticas sobre imparcialidade e objetividade.

 

Uma entrevista exclusiva a não perder, na sua VIP.

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