Zeus é considerado o soberano dos deuses, o senhor dos céus, da lei e da realeza e o deus que se senta no trono do Monte Olimpo – a casa dos deuses. Apesar das referências mais antigas a este deus remontarem à antiga civilização micénica, entre os séculos XIII e XII A.C., seria por volta do século VIII A.C. que o culto de Zeus ganharia novas dimensões, com a construção de templos, oráculos e mesmo de altares domésticos.
Quem foi Zeus?
Zeus é frequentemente descrito como o rei dos deuses e foi o fundador do panteão que habita o Monte Olimpo. Filho dos Titãs Cronos e Reia e neto dos deuses primordiais Gaia e Úrano, Zeus alcança o poder após derrotar os exércitos liderados pelo seu pai numa guerra que seria designada de Titanomaquia. A sua infância foi passada em segredo na ilha de Creta, pois Cronos via nos seus filhos potenciais rivais e, por isso, devorava-os à nascença.
As fontes referem-no como o deus dos céus, do tempo, das leis e da ordem, do destino e da realeza. Entre as suas várias esposas e amantes, o seu relacionamento mais célebre foi o seu casamento com a sua irmã Hera, deusa do casamento e das mulheres, do qual nasceram quatro filhos: Ares, deus da guerra, Hebe, deusa da juventude, Ilitia, deusa da gravidez e dos partos, e Hefesto, deus da metalurgia, dos ferreiros e dos artesãos.
Outros filhos de Zeus incluem Apolo, deus das profecias, da música e da poesia e das curas, bem como a sua irmã gémea, Artemis, deusa da caça e dos animais selvagens. Zeus também foi o pai de Perséfone, deusa da Primavera e do Submundo, e do semideus Héracles, elevado a deus imortal após a morte física. Mais informação está disponível em https://whoiszeus.pt.
O poder divino de Zeus
O poder mais representado de Zeus é o seu raio mortífero, que lhe foi oferecido pelos Ciclopes como agradecimento pela sua libertação do Tártaro. Para além desta arma invencível, Zeus conseguia controlar os céus, o tempo e o clima. Após concluir que os mortais tomavam a chuva como garantida, Zeus determina que apenas tornará a chover quando os humanos honrarem os deuses adequadamente. Quando a fome se instalou e as pessoas recorreram aos deuses para sua salvação, Zeus enviou chuva para a Terra para retomar as colheitas, restabelecendo a ordem natural.
Zeus tem também a capacidade de se transformar em quem quiser, tanto em forma humana como animal, utilizando outras identidades para atingir os seus fins, incluindo a sedução de deusas e mortais. Enquanto deus do destino, Zeus pode interferir com a vida dos deuses e dos mortais e transmitir mensagens através de sinais divinos, sendo por isso venerado como deus oracular.
Locais de culto a Zeus
No século VIII A.C., Homero faz referências ao oráculo de Dodona, consagrado a Zeus. Este oráculo teria sido evocado por Aquiles, antes da Guerra de Troia, e por Odisseu, que narra a sua visita a este templo. Apesar do templo remontar à civilização micénica, é a partir do século VIII que começa a verificar-se um culto mais intenso a Zeus. Os sinais enviados pelo deus como resposta às questões dos visitantes eram interpretados pelos sacerdotes, que andariam de pés descalços.
No mesmo período, começam a realizar-se as primeiras competições desportivas na cidade de Olímpia em honra de Zeus, que dariam depois origem aos célebres Jogos Olímpicos. Também as fontes literárias do século VIII A.C. oferecem as descrições mais antigas de Zeus como sendo o rei de todos os deuses.
Outro grande templo consagrado a Zeus foi construído na cidade de Agrigento, situada na região da Sicília, quando esta se encontrava sob domínio grego, no final do século V A.C. Pouco depois, é edificado o templo de Zeus em Olímpia, onde se encontraria uma estátua monumental do deus da autoria de Fídias, considerada uma das sete maravilhas do mundo antigo.
Também em Nemea eram realizadas competições desportivas em honra de Zeus, pelo menos, desde finais do século VI A.C., sendo depois construído um templo em sua honra, já nos finais do século III A.C.
Para além dos templos e oráculos construídos para prestar culto a Zeus, existem relatos de pequenos altares que eram colocados nas lojas, bem como de altares domésticos, pelo que Zeus era também adorado em contexto privado.
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