Cláudio Ramos foi um dos convidados do Dia de Cristina, o novo programa de Cristina Ferreira no «bairro» de Queluz de Baixo, que se estreou esta quarta-feira, dia 23 de setembro, e o tão esperado reencontro aconteceu.
Depois de muito se especular sobre uma possível zanga entre aqueles que, durante um ano, trabalharam juntos n’O Programa da Cristina, da SIC, o ex-apresentador do Big Brother chegou e não resistiu em abraçar aquela que considera também uma amiga. Um abraço sentido que durou alguns segundos.
«Precisava disto na minha vida. De estarmos novamente aqui os três», disse Cristina, referindo-se ao facto de estar, novamente, ao lado de Joana Barrios e Cláudio Ramos.
«Foste a pessoa que me fez mais falta na minha vida televisiva»
Os dois sentaram-se no sofá e tiveram, finalmente, a conversa que todos queriam saber. Cristina Ferreira abriu o coração e admitiu a Cláudio que este foi a pessoa que mais lhe fez falta no mundo da televisão. De recordar que Cláudio Ramos foi durante um ano o famoso vizinho de Cristina Ferreira na SIC, mas em fevereiro o apresentador deixou a estação de Paço de Arcos para se mudar para a TVI, como anfitrião do Big Brother 2020.
«Foste a pessoa que me fez mais falta na minha vida televisiva», contou, confidenciando que o colega de trabalho apenas lhe contou acerca da transferência para a TVI nos últimos instantes de estar naquela estação. «Contaste-me meio hora antes de ires embora. Tinha de ser assim», recordou.
Perante estas palavras, Cláudio explicou por que é que o fez: «Na minha cabeça já praticamente tinha aceite porque a proposta era irrecusável. O projeto era maravilhoso mas eu tinha medo de contar a alguém. Não queria influência de ninguém. Eu pensei contar-te mais para a frente, duas semanas depois do convite. Mas também pensei que estávamos muito bem […]. Eu sei que tu não me ias dizer ‘não vás’, mas também sei que tu me poderias tentar convencer a ficar e eu tinha mesmo de ir. Precisava mesmo», destacou.
Cláudio Ramos explicou ainda que a sua transferência nada teve a ver com dinheiro, mas sim com a ambição profissional.
«Naturalmente eles [a SIC] podiam melhorar as minhas condições. Eu não saí por causa das condições, eu não saí por causa do dinheiro. Quando te ouço falar eu revejo-me um pouco. Eu saí porque eu sabia que na SIC não ia conseguir fazê-lo [realizar o sonho]. Eu no programa era muito feliz, atenção», admitiu, para depois contar que passado um mês e meio de se estrear ao lado de Cristina, percebeu que era ‘um elemento fundamental’ naquele programa.
«Eras a pessoa perfeita, fazias aquilo como ninguém»
Cristina Ferreira não ficou ressentida com a mudança do colega mas admitiu que os dias seguintes, já sozinha, foram muito complicados. «Já tinham saído, há uns tempos, notícias de que a TVI te queria e tu foste sempre dizendo que não e eu tranquilizei-me um bocadinho porque tu fazias-me realmente falta ali no programa. Porque ele só existia contigo. Aquilo que tínhamos imaginado… tu eras a pessoa perfeita, fazias aquilo como ninguém», recordou.
Mas os dias seguintes não foram nada fáceis. «Eu tive os 15 dias mais difíceis da minha vida a seguir. Eu e o João [Patrício] fomos as pessoas que mais dificuldades tivemos porque aquilo já não era aquilo que tínhamos sonhado», confidenciou Cristina Ferreira. Já Cláudio admitiu que deixou de ver o programa. «Eu deixei de o ver porque eu sofri horrores. Eu sabia que te fazia falta. Senti-me culpado. Se eu estivesse ali, tu não estavas sozinha durante a pandemia. Louvado Ben que estava lá para salvar. Em momento algum tu me disseste ‘não vás’. Nem tu nem a SIC. Tu foste clara e disseste: ‘fico triste mas vai’. Não pensem que saí alegre e contente. Não é assim. Além de ter estado 18 anos, aquele último ano e meio foi muito bom. Se não fosse aquele ano e meio eu não tinha feito o Big Brother. Não tenho ilusões nenhumas».
«Só vi o primeiro programa (do Big Brother)»
Em julho a apresentadora deixou a SIC para regressar à TVI como Diretora de Entretenimento e Ficção e acionista da Media Capital, o grupo detentor do canal de Queluz de Baixo. As mudanças na estação começaram de imediato e Cláudio Ramos não foi o eleito por Cristina Ferreira para conduzir o Big Brother – A Revolução, que estreou no passado dia 13 de setembro, sendo assim «substituído» pela mãe dos reality shows, Teresa Guilherme.
«Nesse dia [em que Cristina regressa à TVI] sei logo que o deixo de fazer [Big brother]. Tenho uma intuição. Mas atenção, não achei nunca, quero que fique bem claro, que tu me quiseste tirar do Big Brother por vingança. Por duas razões: por causa daquele conversa que tivemos e porque tu vens como diretora do canal e diretora de programa. A última coisa que ias fazer era prejudicar uma pessoa só porque sim. Não fazia sentido nenhum. Nunca me quis manifestar publicamente. Foram muito injustos contigo e comigo também», frisou. «Tentei explicar a algumas pessoas… mas há coisas que não posso contar. Há coisas que só nós sabemos», admitiu, sem revelar o que aí vem. «Eu vim para realizar sonhos. Eu realizei um e vou, de certeza absoluta, realizar outro», contou.
Ainda assim não esconde a tristeza que sentiu ao ver Teresa no seu lugar. «Só vi o primeiro programa. Custou, não vou mentir. Aliás deve ter custado mais à Teresa do que a mim. Quando percebi que tu vinhas tive a certeza que ia ser uma passagem porque tu sabes o que eu gosto de fazer. O meu mundo é outro. Não podemos contar, eu sei», referiu.
«Eu sempre soube o que queria para ti. Quando eu vi nos teus olhos o brilho do que aí vem eu disse: ‘é só isso que eu quero’. Continuem a dizer que eu sou vingativa, que eu sou traidora… porque eu já vi o brilho no teu olhar. Eu já sei que o teu coração está tranquilo e que aquilo que tu vais fazer é aquilo para o qual nasceste», confidenciou a apresentadora, deixando em suspense o que Cláudio irá fazer na TVI.
Texto: Márcia Alves; Fotos: DR
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