Cláudio Ramos
Após susto com o coração admite: “Sou uma panela de fervura”

Nacional

Cláudio Ramos sofreu um novo susto com a saúde há dois meses e conta que o seu coração “reage a estímulos emocionais”.

Qua, 08/03/2023 - 12:00

Cláudio Ramos abriu o coração para um entrevista exclusiva à Nova Gente.

Nuno Azinheira (N.A.) – Como está o teu coração?

Cláudio Ramos (C.R.) – Bem, felizmente. Tenho uma fibrilhação auricular. Mas está controlada, desde que fiz a ablação. Embora tenha apanhado um susto há cerca de dois meses, foi ao sítio com uma cardioversão.

N.A. – Esse problema condiciona a tua vida?

C.R. – Não. É uma situação, para que as pessoas percebam, emocional. Não é congénita. Digamos que o coração reage a estímulos emocionais. Mas tarde. A explicação que me deram para isto é: quando tens um problema, não te acontece nada, pois estás concentrado a resolvê-lo, mas vai acontecer mais tarde, quando a panela baixar a fervura.

N.A. – E tu és uma panela que ferve em pouca água.

C.R. – Sou uma panela de fervura. Sempre a ferver.

N.A. – Continuas assim, quase aos 50 anos?

C.R. – Sou menos [pausa]. Mas ainda sou. Não vale a pena dizer o contrário. O problema é que, quando chegas aos 50 ou estás quase a fazê-los, olhas para trás e pensas: “Já consegui tudo aquilo que queria, ou grande parte. Não vale a pena brigar com pessoas. Há guerras que não valem a pena comprar, pois não são minhas e não vou ganhar nada com isso”.

N.A. – Há guerras que não terias comprado?

C.R. – Sim. Há coisas que disse e que não devia ter dito.

N.A. – Mas talvez não fosses o que és hoje.

C.R. – Exatamente. Não quero, de maneira nenhuma, por ser apresentador agora, apagar o trabalho que fiz antes. Porque orgulho-me imenso, de coração, de ter sido comentador, de ter participado no Big Brother Famosos… Faz tudo parte do meu caminho.

N.A. – Sentes que ainda pagas uma fatura?

C.R. – Agora, já não. Mas paguei um preço alto. Porque demorei muito tempo a descolar-me dessa imagem. As pessoas olhavam para mim como se eu só conseguisse fazer aquilo. E falo, inclusivamente, dos diretores das televisões e das pessoas que trabalhavam comigo. Era como se eu não conseguisse fazer mais nada. É um pouco a síndrome da loira bonita. És loira e bonita, por isso é como se não pudesses ser competente.

Leia a entrevista completa na edição da Nova Gente que já está nas bancas.

Texto: Nuno Azinheira; Fotos: Nuno Moreira

 

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