Christian Eriksen falou abertamente pela primeira vez sobre a paragem cardiorrespiratória que sofreu em pleno relvado no dia 12 de junho de 2021, durante um jogo do Euro2020.
O futebolista, que concedeu uma entrevista à estação televisiva dinamarquesa DR1, garante que está bem e, por isso, tenciona ser convocado para o Mundial do Catar, que se realiza em novembro deste ano.
“O meu objetivo é jogar o Mundial no Catar. Quero jogar, tem sido esse o meu pensamento há algum tempo”, começa por dizer o jogador dinamarquês. “É um sonho. Se vou ser convocado é outro assunto, mas tenho o sonho de voltar. Tenho a certeza de que posso voltar porque não me sinto diferente, fisicamente estou de volta à melhor forma”, continua.
Christian Eriksen quer “provar” que já ultrapassou toda a situação, deixando na mão do selecionador da Dinamarca a decisão de o convocar ou não para a referida competição. “Mas o meu coração não é um obstáculo”, assegura, adiantando que sentiu que teve “luz verde” dos médicos para jogar futebol novamente. “Quero jogar, não há motivo para não fazê-lo. Não aconteceu nada desde a paragem cardiorrespiratória, mesmo com o meu coração a ser testado de todas as formas possíveis. Os médicos disseram que podia ser. Estou estável e parece-me que tenho luz verde para voltar”, destaca. O atleta confessa ainda que deseja voltar a jogar no “Parken“, estádio localizado em Copenhaga onde tudo aconteceu, para “provar que aquilo foi algo que acontece uma vez na vida e que não voltará a acontecer”. “Quero provar que segui em frente e que posso voltar a jogar pela seleção outra vez”, diz.
“Morri por cinco minutos”
Sobre o momento que ecoou por todo o Mundo, o médio revela que morreu “por cinco minutos”. “Foi fantástico que tantas pessoas tenham tido a necessidade de me escrever ou enviar flores. Foi um grande impacto para muitas pessoas. Sentiram necessidade de me darem apoio a mim e à minha família e isso deixa-me muito feliz. No hospital, continuei a receber mais e mais flores. Foi estranho, não esperava receber flores porque morri por cinco minutos”, conta.
Por fim, o jovem, de 29 anos, agradece o apoio de toda a gente. “Foi estranho, mas foi muito bom ter sentido este apoio de todos. Foi uma grande ajuda. Há pessoas que ainda me escrevem. Eu agradeço a todas elas. Já agradeci aos médicos, aos meus colegas de seleção e às famílias deles. Agradeço muito o apoio aos meus fãs e a todos aqueles que vieram ter comigo em Itália e na Dinamarca”, remata.
Eriksen tem um desfibrilhador implantado para prevenir o risco de morte súbita e, por esse motivo, teve de rescindir com o Inter de Milão, uma vez que o uso deste tipo de aparelhos médicos é proibido em Itália. O craque voltou aos treinos a 2 de dezembro, no Odense, clube que o formou, e está livre para assumir um novo desafio profissional.
Texto: Ivan Silva; fotos: redes sociais
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