Cecília Henriques foi mãe da pequena Celeste no passado dia 31 de março e nesta segunda-feira, 4 de abril, partilhou com os seguidores a experiência do parto.
“Estou a recuperar de 24 horas de tentativa de parto vaginal, que não desenvolveu, e acabou numa cesariana. As dores são grandes e as emoções são muito fortes”, começa por escrever na rede social Instagram.
E continua a relatar o dia mais especial da vida dela. “O cansaço foi o maior que senti na vida. Vou do choro ao riso muito fácil. Género ataque de choro, ataque de riso. Quando olho para ela e para o Filipe, choro muitas vezes. Ele ri-se e diz que me ama. Permito-me, porque não há nada mais forte que isto tudo que se passou e ainda agora começou. Nada”, realça.
E agora que já está a viver o papel de mãe na sua plenitude, Cecília Henriques deixa um recado para todos os pais e mães. “Uma boa semana para todes, principalmente para as mães e mães e pais e pais, que precisam tanto de colo como os seus filhos”, finaliza.
Veja a publicação, na qual aparece a cara de Celeste, na nossa galeria.
“Uma família é o que quisermos que ela seja”
Ainda Cecília Henriques estava grávida e já mostrava revolta com determinadas palavras que leu e ouviu.
A atriz referiu que “nesta viagem de ter filhos”, tanto ela como o companheiro, Filipe Sambado, se têm “deparado com ideias que perpetuam a normalização de uma família dita convencional”. E isto acontece “muito mais” do que achavam “possível”. “Entristece-nos muito, que pessoas, marcas, empresas, whatever, não estejam engajadas no sentido de procurar diversificar esta ideia de família e de pai e de mãe e de filhes”, escreve.
E continua: “Passando pelo, ‘ah, o Filipe usa saia e baton?’, para o ‘ah, agora que vai ser pai é que está a ficar mais macho, sim senhor!’”, desabafa. “Tudo o que eu menos quero é que a pessoa com quem eu estou a partilhar a vida tenha ar de macho”, salienta. “Mas dizem-me em tom de elogio, que não sei se me ria ou chore. Anos e anos de luta contra o patriarcado e agora vem bater à minha porta”, acrescenta.
“As cores que vamos usar na Celeste são TODAS AS CORES. E vai com patos e princesas, carros e motos, e castelos. E também me deparei com o choque que é para algumas pessoas”, garante.
Para Cecília Henriques, “uma família é o que nós quisermos que ela seja para nós”. “São amigas e um gato, são duas mulheres e um filho, são pessoas não binárias com um lagarto, são um homem e uma mulher com três filhos, são casais que decidem não ter filhos, são duas amigas, pessoas trans com duas filhas! No caso destas coisas da puericultura, é só: ‘Têm um filho, então são pais ou mães. Tanto ou mais como os outros.’ E pronto. Acabou-se a conversa”, acrescenta.
Texto: Andreia Costinha de Miranda; Fotos: Reprodução Instagram
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