A tarde ensolarada deste dia 7 de outubro, recebeu a infanta Maria Francisca de Bragança e o seu noivo, Duarte de Sousa Araújo Martins para, na Basílica Real de Mafra dar-se início ao casamento real.
Entre os looks dos convidados, os chapéus que marcaram forte presença, as casacas e os folhos, este casamento, que demorou 9 meses a ser preparado, traz séculos de história: cerca de 800 anos de monarquia.
Maria Francisca, trineta de D.Miguel, disse o sim neste que é um edifício tão emblemático estilo barroco! O investigador académico, Nuno Ennes garantiu até: “Celebra-se Portugal. Mais do que a monarquia, hoje o que está aqui a ser celebrado é a história de Portugal.
Mas qual é o amuleto de Maria Francisca? Não, não é a tiara.
A tradição do “algo velho, algo novo, algo emprestado e algo azul”
Maria Francisca de Bragança escolheu casar com classe e elegância e dentro desse registo, optou pela simplicidade. Mas houve um amuleto que parece ter passado despercebido a muitas pessoas.
A pulseira! A peça, com brilhantes e safiras pertencia a D. Amélia mas foi emprestada por um amigo de Francisca que tem um antiquário. A noiva seguiu assim a tradição de levar algo velho, emprestado e azul como amuleto da sorte para os noivos (segundo reza a lenda).
Esta ideia vem do verso em inglês: “something old, something new, something borrowed, something blue” e teve origem no século XIX durante a Era Vitoriana. Especificamente, cada “algo” descreve os objetos de boa sorte que uma noiva deve ter no dia do casamento. O objetivo? Confundir o mau-olhado de tornar a noiva infértil.
A Tiara: cada joia, uma história
A noiva levou brincos da mãe e para a festa brincos da avó dos quais foi retirado o diamante para o anel de noivado. E a tiara ? com 800 diamantes montados em ouro e prata, é a mesma que a mãe, Isabel de Herédia, usou no seu casamento com D. Duarte de Bragança, em 1995.
Mas esta joia tem ainda mais história já que foi um presente do rei Luís I para a sua nora, a princesa Amélie de Orléans, pelo seu enlace com o príncipe herdeiro, D. Carlos, em 1886. D. Duarte Pio recebeu-a de herança, após a morte de D. Amélia, sua madrinha.
Texto: Maria Constança Castanheira; Fotos: Redes Sociais e site oficial Casa Real Portuguesa
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