Letizia
Casa real esconde anorexia de LETIZIA

Realeza

Excessiva magreza e for mato do corpo da princesa denunciam problema de saúde crónico
A extrema magreza da princesa Letizia volta a dar que falar em Espanha. A perda de peso da mulher de Felipe foi atribuída a uma nova gravidez, uma vez que a situação se verificou nas duas anteriores, mas os meses passam e nada é anunciado pela Casa Real espanhola que confirme esta suspeita.

Qui, 31/03/2011 - 23:00

A extrema magreza da princesa Letizia volta a dar que falar em Espanha. A perda de peso da mulher de Felipe foi atribuída a uma nova gravidez, uma vez que a situação se verificou nas duas anteriores, mas os meses passam e nada é anunciado pela Casa Real espanhola que confirme esta suspeita. O que se verifica é que a futura rainha de Espanha aprendeu a disfarçar a fragilidade da sua figura. Letizia deixou de usar mangas curtas, colocou enchumaços em todos os casacos e disfarça a estreiteza do tronco com camisas mais largas do que era seu hábito. Outra das características deste novo look de Letizia é o facto de usar sempre uma grande quantidade de maquilhagem. No entanto, nem assim consegue disfarçar o ar pouco natural, a extrema palidez e a expressão sempre infeliz.

 

A Casa Real espanhola não reconhece que Letizia é anoréctica. Porém, este pode ser só mais um dos segredos e mentiras da corte do país vizinho. É que a monarquia espanhola é pródiga em malabarismos, como já se sabia pelas investigações de Pilar Eyre (autora do livro Segredos e Mentiras da Família Real Espanhola). Em entrevista à VIP, a jornalista é peremptória: “Toda a vida privada dos membros da família real é um segredo, desde as relações interfamiliares até às mortes, doenças ou relação com o dinheiro ou com o amor.

 

Aquando do casamento de Victoria da Suécia com Daniel Westling, no Verão passado, os exigentes especialistas em monarquia das cortes escandinavas escreveram sobre a princesa das Astúrias: “Seguramente, deve estar a sofrer de algum transtorno alimentar. Vejam os seus braços finos. Não pode ser saudável.” São palavras de um jornalista finlandês. Também na Suécia, onde a princesa Victoria sofre de anorexia – como publicamente foi reconhecido pela Casa Real sueca -, país que tem uma elevada taxa de incidência desta patologia, os média já disseram que Letizia também sofre daquilo a que chamam “o mal das princesas”. Ligada normalmente a padrões de moda, a anorexia é uma doença muito complexa que pode levar à morte. Na maior parte dos casos em que não é um caso episódico, torna-se uma doença crónica, que obriga a uma atenção constante.

 

A VIP submeteu as últimas fotos da princesa à análise de um especialista em distúrbios alimentares. “Olhando para as imagens, claro que parece haver magreza muito acentuada – o que, de facto, é típico nas anorexias nervosas – e as roupas, embora compridas nas fotografias mais recentes, evidenciam que a cabeça começa a parecer grande demais face às restantes proporções, pouco curvilíneas, como nota a Imprensa”, reconhece Vítor Rodrigues, psicólogo e professor na Universidade de Évora. “Além disso”, prossegue este especialista, “os pulsos, nas fotografias, parecem excessivamente magros. E a tendência para vestir roupas largas, que mascarem a realidade dos membros, é quase sistemática nas pessoas com anorexia”, acrescenta. No entanto, Vítor Rodrigues salvaguarda que um diagnóstico completo exigiria ter acesso ao “peso, massa muscular e regime alimentar” da princesa Letizia, pois “a anorexia nervosa pode não ser a única explicação para uma grande magreza”, já que, “por vezes, há desordens metabólicas que a originam, doenças diversas e assim por diante”, concretiza.

 

Quando estamos na presença deste quadro patológico, “costuma haver – o que é essencial – uma perturbação do comportamento alimentar associada a outros aspectos comportamentais: a pessoa costuma vestir-se de modo a que não se veja a magreza, sempre que possível; tende a considerar que o mais ínfimo traço de gordura, seja onde for no corpo, indica obesidade; procura não comer na presença dos outros; muitas vezes, força o vómito após comer; tenta fazer o máximo de exercício possível e fazer tudo para queimar calorias constantemente – por exemplo, indo pelo caminho mais longo e penoso seja para onde for”.

 

Contudo, a este quadro estão associados outros comportamentos: ”A pessoa costuma ser muito auto-exigente, perfeccionista e também costuma ser inteligente, com bons resultados escolares ou ao nível do desempenho profissional. Tem, obviamente, uma imagem distorcida do próprio corpo; preocupa-se muitíssimo com os valores calóricos de tudo o que come e evita sistematicamente tudo o que possa ser calórico, sendo isso pouco compatível com protocolos reais; por vezes, toma purgantes e procura abusar das fibras.” Com este rol de argumentos, o psicólogo prefere sublinhar que não se pode afirmar com exactidão o que se passa com Letizia, embora considere que “a sua expressão não revela propriamente um ar feliz”. Os factores comportamentais adequam-se a uma personalidade como a de Letizia. Recorde-se que a ex-jornalista modificou por completo os seus hábitos e teve mesmo de esconder a sua personalidade depois de ter sido duramente criticada por comportamentos espontâneos, pouco adequados ao formalismo protocolar em que agora vive.

 

Mulher emancipada, de ideais mais próximos do republicanismo e pertencendo a uma família tudo menos conservadora, parece evidente que Letizia nunca poderia pactuar com uma situação em que o papel da mulher fosse tido como subalterno. Sobretudo, quando essa mulher é uma das suas filhas. Ou seja, seria impensável para Letizia procurar engravidar de um varão para impedir que a sua filha Leonor venha a ser rainha. É esse o entendimento de Pilar Eyre, que afirma: “Não acredito que Letizia esteja a fazer tratamentos para engravidar. Penso mesmo que não tenciona ter mais filhos. Já tem uma herdeira, uma suplente (para lhe chamar assim) e também já não tem 20 anos…

 

A verdade é que, mesmo que quisesse, Letizia teria muita dificuldade em voltar a engravidar. À medida que parecem recuperar traços faciais infantis, as vítimas de anorexia começam também a sofrer de irregularidade do ciclo menstrual, podendo chegar até à interrupção do mesmo. Os indicadores parecem apontar para um quadro clínico de anorexia. Porém, há obstáculos que impedem uma certeza absoluta: a impossibilidade de acedermos ao seu peso e massa muscular. Os assuntos relacionados com a saúde dos membros da corte são tratados como segredo de Estado, pelo que habitualmente pouco ou nada é veiculado para a Imprensa.

 

Poucos saberão que Sissi, a imperatriz, tinha uma obsessão pela magreza numa altura em que o padrão não era de todo esse. Para o seu 1,73 m de altura, pesava apenas 45 quilos. Infeliz no casamento e pouco podendo controlar na sua vida, Elizabeth da Áustria controlava o corpo. Outras princesas sofreram de distúrbios psíquicos e alimentares. Diana de Gales, por exemplo, teve uma bulimia quando descobriu que Carlos a traía com Camilla Parker-Bowles. O mesmo parece acontecer com Letizia, vítima moderna do mal crónico das princesas.

 

 

Texto: Cristina Ferreira de Almeida e Nuno Calado Costa; Fotos: Prisma, Reuters, Getty Images, Gtresonlinen e Target Press

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